Prefeitura resgata família acometida de transtorno de acumulação

A Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer (Sempre) esteve, nesta quinta-feira (19), em uma residência na Rua Iolanda Pires, em Fazenda Grande III. Na ocasião, os técnicos foram atuar em uma situação de transtorno de acumulação, que estava prejudicando uma família residente no local.

“Toda casa tem que ser um ambiente limpo, um pedacinho do céu para quando você chegar do trabalho e descansar”, declarou a dona de um salão de beleza Anairã Lisboa, 47 anos. No entanto, a realidade do local era bem diferente: mal havia espaço para locomoção no imóvel, devido ao hábito do esposo, Julival Lisboa, de 48 anos, de acumular objetos em casa.

Na ocasião, os técnicos fizeram a limpeza da parte externa da residência, onde portas de cômodos sequer abriam e nem mesmo o fogão era poupado de objetos sobre ele. A assistente social da Sempre, Ivana Ramos, avaliou que, além da limpeza, o tratamento seria o mais necessário nesse contexto.

Segundo Ivana, quatro crianças, sendo dois filhos e dois netos, já haviam sido encaminhadas para o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da Boca da Mata, para restauração de vínculos sociais.

“O acumulador normalmente não tem consciência do seu problema e, consequentemente, acaba causando uma relação fragilizada para toda família, que precisa ser resgatada. Nesse caso, o Centro de Atendimento é o melhor lugar”, explicou o secretário da Sempre, Kiki Bispo.

Anairã disse que a família ainda está em processo de tratamento, mas a alegria das crianças já é nítida. “Para se ter uma ideia, elas estranharam a luz do sol entrar pelo cobogó da cozinha e pediram para que eu apagasse a luz, achando que era a lâmpada. Quando viram que era o sol, pularam de alegria. Era como se tivessem ganhado um brinquedo e isso vai ficar registrado em minha memória. Hoje já sonham até em comprar móveis novos para ocupar os espaços vazios”, arrematou.

Toda a família, em especial Julival, também foi encaminhada para acompanhamento no Centro de Atenção Psicossocial (Caps), unidade especializada em saúde mental. “A minha esperança é lutar para dar um futuro melhor para as crianças e acredito que isso está mais perto do que nunca. Sou só gratidão, mas ainda há muito por fazer, muita coisa a ser retirada, bem como não permitir novos acúmulos”, disse a mulher, emocionada.

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