Para a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), é louvável e animador ver mulheres galgarem espaços de poder e liderança, principalmente em instituições de grande relevância social. A republicana cita o exemplo da delegada-geral da Polícia Civil, Heloisa Brito, a primeira mulher a ocupar o mais alto cargo na corporação.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 37,4% dos cargos gerenciais são ocupados por mulheres no Brasil. Embora o número ainda seja menor no que se refere a homens, é maior que a média mundial.
“Nas últimas décadas, as mulheres têm vencido as imposições do machismo e alcançado posições relevantes em diversos espaços. A representatividade feminina em postos estratégicos ainda está longe da ideal, mas estamos chegando lá. Vemos uma luz cada vez mais intensa no fim do túnel”, avalia Ireuda. “A delegada-geral Heloísa Brito é exemplo disso e certamente entrará para a história por ser a primeira mulher a estar nesse lugar. Ela representa todas as mulheres da Bahia e do Brasil. Sintetiza o resultado da nossa luta e perseverança”, acrescenta.
Fazendo a diferença
A republicana já apontou que as cidades com mulheres prefeitas apresentaram melhor desempenho no combate à pandemia do novo coronavírus. De acordo com estudo conduzido pela Universidade de São Paulo e pela Universidade de Barcelona, no Brasil, as cidades conduzidas por mulheres tiveram 43% menos vítimas fatais de covid-19. “Não podemos permitir que o machismo estrutural destrua a fé em nós mesmas, na nossa capacidade de contribuir para ressignificar a ideia de gestão pública voltada para as necessidades do povo”, acrescenta.
