“As mulheres conquistaram direitos que precisam ser mantidos e ampliados”, diz Ireuda Silva sobre 90 anos do voto feminino no Brasil

A vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Câmara de Salvador, destacou os 90 anos do dia em que as mulheres brasileiras conquistaram o direito de votar. Segundo a republicana, a data representou um marco rumo à consolidação democrática no Brasil, e serve também para lembrar que a mulher ainda não está totalmente inserida na atividade política.

“Precisamos caminhar rumo a uma participação cada vez maior da mulher na política. Nas casas legislativas e em vários outros órgão e instituições, a presença da mulher ainda é relativamente tímida. Até hoje, tivemos apenas uma mulher presidente do Brasil, apesar dos inúmeros quadros qualificados que temos. Quantas mulheres foram presidentes da Câmara, do Senado? Quantas mulheres estão no Judiciário, na liderança de movimentos sociais?”, questiona Ireuda.

Em 1932, o Código Eleitoral proporcionou que mulheres acima de 21 anos pudessem votar e serem votadas em todo o território nacional. No entanto, Ireuda ressalta que ainda é necessário corrigir desigualdades. “Hoje, as mulheres constituem a maioria do eleitorado no Brasil. São 52,5%. Porém, a eleição de mulheres e a inserção delas em quadros partidários ainda é bem menor, embora tenham crescido nos últimos anos. Lutar por essa equiparação deve ser um compromisso de todos. As mulheres conquistaram direitos que precisam ser mantidos e ampliados”, acrescenta.

Com 12.098 votos nas eleições de 2020, Ireuda foi reeleita como a mulher mais votada de Salvador e da Bahia – e uma das únicas negras – para um cargo no Legislativo e a segunda mulher mais votada das capitais do Nordeste.

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