“Racismo puro, sem o menor pudor e com o maior descaramento”, diz Ireuda Silva sobre loja vender estatuetas de escravizados em Salvador

O racismo não dá descanso. É o que acredita a vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice da Comissão de Reparação. Desta vez, uma loja do aeroporto de Salvador foi flagrada por um turista vendendo estatuetas representando mulheres e homens negros escravizados.

“Racismo puro, sem o menor pudor e com o maior descaramento. Como pode uma loja, localizada numa das cidades mais negras do mundo, na cidade que mais participou do tráfico de escravizados no Brasil, vender produtos que homenageiam um passado tão trágico? O Ministério Público precisa apurar esse caso o quanto antes”, diz Ireuda.

“Como eu já disse, é preciso entender que o racismo é mais do que preconceito. É um sistema de poder que oprime estruturalmente. Portanto, é pueril falar em racismo reverso, pois, para os negros, é atualmente impossível estabelecer um sistema de opressão igual ao que os vitimou ao longo da história. Em suma, racismo e preconceito racial são coisas diferentes, mas propositalmente confundidas por quem quer deslegitimar a luta por direitos”, acrescenta a vereadora.

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