“O assassinato de Moïse mostra nosso fracasso como nação. Agora devemos, no mínimo, honrar sua memória”, diz Ireuda Silva

A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice da Comissão de Reparação, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), voltou a cobrar justiça pelo assassinato brutal de Moïse Kabamge e defendeu que o Estado do Rio de Janeiro ofereça todo o amparo à família do congolês – o mínimo que se pode fazer em respeito à sua memória.

“Moïse saiu do Congo fugindo da violência e da fome. Mas foi no Brasil que encontrou a morte. É uma cruel ironia”, disse Ireuda, ainda impactada. “Ou não tão ironia assim. Pois o fato é uma pequena amostra do que acontecia corriqueiramente no período escravista, quando pessoas de vários países africanos eram traficadas para o Brasil, onde eram escravizadas e, muitas vezes, torturadas e mortas”, acrescentou.

Nesta segunda-feira (07), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o secretário de Fazenda e Planejamento, Pedro Paulo, formalizaram a concessão de dois quiosques da Barra da Tijuca à família de Moïse. A proposta é que o espaço seja transformado em um memorial e ponto de transmissão da cultura de países africanos.

“Que esse memorial cumpra a sua função de preservar na nossa memória essa barbárie. O assassinato de Moïse mostra nosso fracasso como nação. Agora, devemos, no mínimo, honrar sua memória para que a luta por justiça e contra o racismo nunca esmoreça”, pontuou a republicana.

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