“Estão chamando atenção de um problema que a prefeitura não pode resolver”, diz Bruno Reis sobre paralisação dos rodoviários

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, afirmou que “não é justo o que [os rodoviários] estão fazendo com a cidade” ao decidirem paralisar às atividades em duas das noves garagens da capital baiana, na manhã desta quinta-feira (20).

“A prefeitura não tem responsabilidade e não tinha obrigação nenhuma, mas desde o início, no intuito de resolver um problema, que era entre os rodoviários e a empresa, a prefeitura mediou um acordo”, disse.

“O sindicato recebeu terrenos para indenizar os trabalhadores, a prefeitura se dispôs a ajudar a pedido deles, já viabilizamos compradores para parte dos terrenos. Agora as questões burocráticas entre sindicado e empresas impediram a comercialização desses terrenos. Infelizmente o prefeito e a prefeitura não tem o que fazer”, afirmou.

“Lamentamos que eles [rodoviários] de forma irresponsável, em um momento como esse, fechem duas garagens das sete garagens e impeçam as pessoas de se deslocar para seus locais de trabalho, que ocorram aglomerações e contribuam com a proliferação do vírus”.

Ainda segundo o gestor municipal, os rodoviários “estão chamando atenção de um problema que a prefeitura não pode resolver”.

“A CSN era uma empresa que faliu, ia deixar 4 mil desempregados, e se não fosse a prefeitura ia virar um caos nessa cidade. Agora eu não tenho como me sobrepor à lei, para vencer questões burocráticas e legais entre a transferência dos terrenos das empresas para o Sindicato [dos rodoviários], para que eles possam ser vendidos”.

“Compreendo [a situação], me coloco no lugar de alguns e poucos, que não foram contratados pela empresa, nem indenizados ainda. Estamos dando cestas básicas para essas pessoas, até que recebam a indenização. Então, efetivamente, não há como fazer, por parte da prefeitura, mais do que já foi feito”, finalizou.

Paralisação
Funcionários do transporte público de Salvador fazem uma paralisação, na manhã desta quinta-feira, para cobrar os direitos dos funcionários que eram ligados ao antigo Consórcio Salvador Norte (CSN). De nove garagens na capital baiana, duas estão paralisadas e sete funcionam normalmente.

A paralisação acontece nas garagens da empresa Plataforma, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, e OTTrans, em Campinas de Pirajá. De acordo com Fabio Primo, vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, houve um descumprimento de acordos feitos pela gestão municipal e pelas empresas dos coletivos.

“Infelizmente chegou a esse ponto de fazer a paralisação. Existe um compromisso da prefeitura de Salvador que quem assumisse as linhas da extinta CNS, assumiria todos os 2.615 trabalhadores que foram do REDA, mas isso não aconteceu”, afirmou.

Ainda de acordo com Fabio Primo, alguns trabalhadores não receberam as rescisões, nem o 13º salário proporcional.

Na última terça-feira (18), um grupo de rodoviários, demitidos após a extinção da CSN realizou um protesto nas imediações da Estação da Lapa. Os manifestantes cobraram o pagamento de indenização e os direitos trabalhistas.

Na ocasião, a Semob informou que desde o primeiro momento do impasse entre os rodoviários e a empresa CSN, tem atuado para que a situação fosse resolvida o mais breve possível. No entanto, segundo a prefeitura, o pagamento das verbas trabalhistas é de responsabilidade da CSN.(G1)

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