Marta apresenta projeto para denominar de ‘Maria Felipa’ a ponte Salvador-Itaparica

A presidente da Comissão de Direitos Humanos e de Defesa da Democracia Makota Valdina, vereadora Marta Rodrigues (PT), apresentou um projeto de indicação (512/2021) ao governo do Estado para que a ponte Salvador-Itaparica seja denominada “Ponte Maria Felipa”, em homenagem a uma das principais personagens da luta pela Independência da Bahia – concretizada dia 2 de julho de 1823 – que liderou a resistência à tentativa de invasão das tropas portuguesas à Ilha de Itaparica.

“Este projeto é de suma importância tendo em vista a necessidade de valorização dos heróis e heroínas nacionais, das lutas abolicionistas, da história e da representatividade do povo negro, dando ênfase à participação feminina, que geralmente sofre tentativa de apagamento”, explica a vereadora.

Para Marta, nada mais justo do que homenagear Maria Felipa, dada a sua relevância na batalha da Independência, colocando seu nome em equipamento de grande porte como a ponte Salvador-Itaparica que será referência no Brasil e no mundo.

“É um projeto fruto de reivindicação antiga do movimento negro, especialmente da Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen). Maria Felipa de Oliveira foi uma figura efetivamente representativa da história local, combatente em defesa da Bahia e do Brasil. Era marisqueira e pescadora nascida na Itaparica, e liderou um grupo de 200 pessoas, entre mulheres negras, índios tupinambás e tapuias nas batalhas contra os portugueses que atacavam a Ilha de Itaparica, a partir de 1822”, acrescenta a petista.

Para Marta, é obrigação dos poderes públicos atuar na reparação histórica e no direito à verdade como mecanismo de justiça, principalmente diante da tentativa de apagamento das personagens negras promovido pela colonização e pelo machismo.

“Maria Felipa foi uma mulher negra que colocou a liberdade como maior tesouro de sua vida. Durante muito tempo foi esquecida pela historiografia tradicional e até o momento não recebeu uma honraria a altura da sua façanha. É uma homenagem a ela, a todas as mulheres negras que lutaram e ainda lutam por direitos, e a toda a população itapariquense”, pontua.

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