Obesidade é um dos principais fatores de risco para desenvolvimento do câncer de mama

A endocrinologista Bruna Manes, comenta como a obesidade pode influenciar nos casos de câncer de mama.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a obesidade mais do que dobrou na população com mais de 20 anos. Entre essas pessoas, o público feminino se destacou com um aumento de 15,7% entre 2003 e 2009.

Além dos problemas já conhecidos que a obesidade pode causar em homens e mulheres como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, artrose, pedra na vesícula, artrite, cansaço e refluxo esofágico. É necessário destacar que a condição é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de mama. “O aumento de tecido gorduroso na mama, na mulher pós menopausa será o principal produtor de estrógenos, que pode ser a causa de alguns tipos de câncer de mama”, explica a médica endocrinologista Bruna Manes. De acordo com ela, quanto menos tecido adiposo, menor ação deste hormônio e, consequentemente, menores as chances de formação de nódulo dependente do hormônio.

Durante o tratamento do câncer de mama, a paciente pode ainda, desenvolver outras questões hormonais causadas por conta da medicação utilizada. O tamoxifeno, por exemplo, tem uma ação anti estrogênica e pode ser responsável por gerar ondas de calor, encurtamento do sono e ressecamento vaginal. “Essas dificuldades impactam diretamente no humor e na qualidade de vida da mulher”, detalha a médica.

Por isso, campanhas como o “Outubro Rosa”, que alertam para a prevenção do câncer de mama, são importantes para que as mulheres passem cada vez menos por essas situações de desconforto e novos casos da doença sejam evitados. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em quase todas as regiões do Brasil. Porém, estudos apontam que, se descoberto precocemente, cerca de 95% dos casos têm cura. “O melhor caminho é a prevenção. Então, as mulheres têm que fazer o autoexame e os exames de imagem no mínimo uma vez ao ano. Além disso, é necessário evitar os fatores de risco como a obesidade e o tabagismo”, aconselha a Dra. Bruna Manes.

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