A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), lamentou a decisão do governo federal de vetar a distribuição gratuita de absorventes para mulheres de baixa renda e em situação de vulnerabilidade extrema. Para a republicana, o veto tem viés machista e prejudica o processo de inclusão social.
“Me pergunto como ficarão as milhões de mulheres pobres ou em situação de extrema vulnerabilidade. A distribuição de absorventes tinha o objetivo de trazer um pouco mais de dignidade à vida dessas pessoas, que muitas vezes sequer têm condições de fazer três refeições por dia. Negar essa ajuda é uma falta de empatia machista, demonstrando que o Estado brasileiro não prioriza questões sociais básicas de uma sociedade calcada na desigualdade”, diz Ireuda.
Além disso, a republicana aponta que o uso do absorvente também é uma questão de saúde. “O não uso desse item, o ou uso além do tempo de durabilidade, traz não apenas desconforto, como compromete seriamente a saúde e o bem estar da mulher. Precisamos pensar sobre isso. Se o projeto aprovado tinha algum problema técnico, que seja corrigido. Mas não podemos abandonar um tema tão importante como esse. Espero um dia estar numa sociedade efetivamente comprometida com a proteção à mulher e com a reparação de séculos de patriarcalismo”, acrescenta.
