Abadef lança campanha para incentivar contratação no setor privado de pessoas com deficiência física

A instituição tem hoje mais de 400 currículos de associados à procura de emprego

A Associação Baiana de Deficientes Físicos (Abadef) lançou uma campanha para incentivar a contratação de pessoas com deficiência física no setor privado. A instituição tem hoje mais de 400 currículos de associados à procura de emprego, mas enfrentam, segundo a presidente da entidade, Silvanete Brandão, preconceito e sofrem com uma série de dificuldades para se incluírem no mercado de trabalho.

A campanha foi desenvolvida pela Propeg e tem como mote “faça como esta campanha. Contrate uma pessoa com deficiência”. A peça publicitária traz pessoas que tiveram membros amputados. O objetivo da campanha, além de incentivar a contratação das pessoas com deficiência, é também alertar sobre o preconceito, a necessidade de mais acessibilidade e de qualificação no transporte público.

“As empresas ainda maquiam a lei das cotas para pessoas com deficiência (8.213/1991). Elas dizem que as pessoas não estão capacitadas e dão subempregos. Temos pessoas graduadas e pós-graduadas sem oportunidades ou em subempregos, com até mais dificuldade. Infelizmente, ainda existe muito capacitismo, preconceito e uma grande dificuldade para inclusão das pessoas com deficiência física no mercado de trabalho”, afirmou Silvanete.

Segundo ela, diante da falta de oportunidades no mercado de trabalho, muitas pessoas com deficiência física acabam recorrendo ao benefício da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). “Falta acessibilidade nas empresas e no transporte público. São muitas dificuldades, que impedem uma maior inclusão das pessoas”, salientou.

A Abadef, que conta com cerca de 5 mil associados, tem um projeto voltado para o mercado de trabalho. Os 400 currículos de pessoas à procura de emprego estão dentre desta iniciativa. Por meio do projeto, os associados são acolhidos pelo serviço social da entidade, que verifica o currículo, avalia a capacitação e encaminha para cursos.

“Posteriormente as empresas entram em contato para pedir currículos. Nós fazemos visitas a essas empresas para avaliar a acessibilidade aos postos de trabalho e encaminhar a pessoa para o cargo. Fazemos todo esse mapeamento dos cargos e posteriormente fazemos o encaminhamento, até para garantir que as pessoas tenham condições de trabalho”, contou Silvanete.

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