Susana Schnarndorf faz a segunda final da carreira paralímpica

Medalhista na Rio-2016, gaúcha fechou os 150m medley S4 na oitava colocação e ainda tem duas provas em Tóquio

Em sua terceira Paralimpíada, a gaúcha Susana Schnarndorf começou a manhã deste sábado (28) disputando a segunda final de sua carreira. Na piscina do Centro Aquático de Tóquio, ela caiu na água para a disputa da final dos 150m medley S4, onde fechou a prova na oitava colocação (3m11s54).

A chinesa Yu Liu, que já havia batido o recorde mundial da prova (2m39s39) nas eliminatórias ganhou a medalha de ouro com o tempo de 2m41s91. Outra chinesa, Yanfei Zhou, foi prata (2m47s41) e Natália Butkova, do Comitê Paralímpico Russo, o bronze, com 2m53s25.

Muito emocionada após a final, Susana lamentou não ter repetido o bom desempenho das eliminatórias, quando foi para a decisão com o quinto melhor tempo, de 3m06s54. A melhor marca dela na prova é de 3m05s75.

“Eu tinha nadado melhor a eliminatória, mas dei o melhor de mim. A minha vida é assim, cheia de altos e baixos, e vou tentar nadar melhor nas outras duas provas que tenho em Tóquio”.

Susana vai competir nos 50m livre S4 na próxima quarta-feira (1) e faz a última prova nos Jogos Paralímpicos de Tóquio na quinta (2), nos 50m costas S4.

Carreira de sucesso

Aos 53 anos, Susana Schnarndorf começou a carreira nas piscinas com 11 anos. Foi pentacampeã brasileira de 1993 a 1997 e disputou 13 edições do Iron Man, conquistando seis títulos. Em 2007 foi diagnosticada com a Síndrome de Shy-Drager, conhecida como Atrofia de Múltiplos Sistemas (AMS), e três anos depois iniciou a carreira paralímpica.

“Entrei no paralímpico como S8 em 2010. Nas Paralimpíadas de 2012, em Londres, eu baixei pra S7 e na Rio-2016 era S5 e a dificuldade de nadar era muito maior. A cada dois anos eu passo pela reclassificação, é uma coisa bem estressante, mas eu só tenho plano A, não tenho plano B. Então eu sigo em frente, um dia de cada vez”, diz Susana.

Além das nove medalhas em Campeonatos Mundiais (seis de ouro, duas de prata e uma de bronze), Susana tem um quarto lugar nos 100m peito e um quinto lugar nos 200m medley na Paralimpíada de Londres, em 2012, e uma medalha de prata na Paralimpíada do Rio, em 2016, no revezamento 4 x 50m livre misto.

“Ainda tenho mais duas provas e vou tentar fazer o meu melhor e ganhar de mim mesma. Mas já foi uma honra de estar disputando uma final paralímpica e estou muito feliz de poder estar aqui em Tóquio”, avalia Susana, que só pensa em se despedir das Paralimpíadas nos Jogos de Paris, em 2024. Foto: Daniel Zappe/CPB

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