SPMJ lança violentômetro nas redes como parte do Agosto Lilás

Neste Agosto Lilás, mês da erradicação da violência doméstica contra a mulher, a Secretaria Municipal de Política para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) publicou, no perfil do Instagram e Facebook, um violentômetro – termômetro que exibe os diferentes níveis da violência contra a mulher e como ela deve proceder em cada um deles. As atitudes são distribuídas em três grupos diferentes, que ganham uma intensidade maior de cor, conforme os comportamentos vão se agravando.

No grupo mais leve é possível encontrar comportamentos como piadas ofensivas, chantagem, mentiras, menosprezo, ciúmes, culpa, desqualificação, ridicularização e humilhação. O aviso alerta: “Tome cuidado! A violência tende a aumentar”. No segundo grupo, aparecem atitudes como intimidação, ameaça, controle, destruição de bens pessoais, pequenas agressões físicas e até o confinamento. Nesse grupo, o aviso orienta: “Reaja! Não se destrua”.

O terceiro nível reúne comportamentos como ameaça com objetos ou armas, ameaça de morte, forçar a relação sexual, abuso sexual e a mutilação. A orientação para esse grupo é pedir ajuda a um profissional com urgência. A ferramenta traz, ainda, os números de contato dos centros de referência em atendimento à mulher em Salvador.

A proposta, segundo a titular da SPMJ, Fernanda Lordêlo, é chamar atenção, por meio de um instrumento educativo, para o fato de que as ações violentas, na maioria das vezes, surgem de forma crescente, e que é necessário tomar uma atitude o quanto antes. “Por isso estamos fortalecendo os canais de informação sobre os ciclos de violência e fomentando a capacitação da rede municipal, através do programa Alerta Salvador, a fim de dar maior visibilidade aos serviços de atendimento a mulheres já oferecidos pela Prefeitura”.

O órgão também planeja uma série de ações com o intuito de orientar o público feminino sobre como agir diante de situações de violência. A iniciativa também visa chamar a atenção da sociedade para a importância de se discutir o tema e de denunciar os casos.

Estrutura – Mulheres que sofrem algum tipo de violência em Salvador podem contar com o apoio dos Centros de Referência e Atendimento ao público feminino, vinculados à SPMJ. Os equipamentos estão funcionando normalmente durante a pandemia, seguindo os protocolos para evitar a transmissão do coronavírus.

Na Casa de Atendimento à Mulher Soteropolitana Irmã Dulce, os atendimentos continuam sendo realizados durante 24h. O espaço está preparado para receber até 30 mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, acompanhadas ou não de filhos com idade até 12 anos, para acolhimento institucional. As mulheres chegam à unidade, principalmente, por meio de encaminhamento feito por uma rede de proteção que inclui a delegacia especial e demais equipamentos municipais.

O foco da unidade é o acolhimento temporário, a orientação, encaminhamento jurídico e atendimento psicossocial à população feminina por meio de uma equipe multidisciplinar composta por enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e advogados. Além dos cuidados, o público atendido na unidade passa por capacitação profissional e atividades diversas, que no momento seguem os protocolos de funcionamento para evitar a disseminação do coronavírus.

No Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência Loreta Valadares (CRAMLV), situado nos Barris, e no Centro de Referência Especializado de Atendimento à Mulher Arlette Magalhães (Cream), situado em Cajazeiras, o atendimento está ocorrendo de maneira presencial, mediante agendamento por telefone. A marcação pode ser feita por meio dos telefones (71) 3235-4268 e (71) 3611-5305, respectivamente.

Campanha – O Agosto Lilás é uma campanha de enfrentamento à violência doméstica, instituída por lei em alguns estados, apoiada por várias instituições, estados e municípios, e com projeto de lei no Senado para a legalização em todo o país. A ação ocorre no mês de aniversário de 15 anos da publicação da Lei Maria da Penha, importante marco no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher.

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