Rodoviários da CSN paralisam atividades em protesto contra descumprimento de direitos trabalhistas

Os ônibus da Concessionária Salvador Norte não saíram das garagens, na manhã desta segunda-feira (10), em Salvador. O motivo é uma paralisação dos rodoviários da empresa, contra a demora para assinatura da minuta de acordo dos trabalhadores demitidos, além de descumprimento de direitos trabalhistas dos funcionários que seguem na ativa.

Segundo o Sindicato dos Rodoviários, a ação busca chamar atenção da sociedade e do poder público para instável situação dos trabalhadores, que aguardam há mais de um mês pela homologação do acordo firmado no Tribunal Regional do Trabalho, e também para irregularidades com relação a direitos por parte dos trabalhadores contratados pelo Regime Especial de Direito Administrativo (REDA).

A entidade diz que há planos de saúde suspensos, incompatibilidade nos valores dos salários e dos tíquetes-alimentação, além de descontos indevidos.

O Sindicato ainda destacou que não há previsão de término da paralisação.

A Secretaria Municipal de Mobilidade de Salvador (Seman) informou que preparou uma operação de contingência, para atender à população, nos trechos operados pelos ônibus da CSN.

Com isso, 29 linhas foram redistribuídas para outras empresas que operam o transporte público por ônibus, em Salvador, e outras 18 linhas estão sendo feitas por coletivos do Subsistema de Transporte Especial Complementar (Stec), conhecidos como “Amarelinhos”.

Impasse
O impasse teve início no dia 27 de março, quando a Concessionária Salvador Norte (CSN) teve o contrato rescindido pela prefeitura de Salvador após um relatório de uma auditoria apontar diversas irregularidades na gestão do contrato por parte da empresa. Segundo o prefeito Bruno Reis, o total da dívida acumulada da CSN é de R$ 516 milhões.

Em junho de 2020, a prefeitura de Salvador decretou a intervenção da CSN, após ser informada pelo Sindicato dos Rodoviários de que a concessionária vinha descumprindo acordo coletivo assinado com a categoria, além de atrasar constantemente o adiantamento salarial e o tíquete alimentação.

O decreto foi para manter o serviço e garantir os empregos dos 4,5 mil funcionários que atuam no sistema.

Com isso, a prefeitura anunciou que montaria uma operação emergencial de transporte buscando garantir o atendimento dos usuários do transporte público na bacia operada pela concessionária.

Desde o dia 29 de março, de acordo com a prefeitura, o atendimento aos usuários que usavam as linhas operadas pela CSN passaram a ser realizados através de ônibus do Subsistema de Transporte Especial Complementar (Stec), conhecidos como Amarelinhos.(G1) Foto: Reprodução/TV Bahia

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