Primeira Farmácia Escola da rede estadual será implantada no Nordeste de Amaralina

Em uma parceria entre as secretarias do Meio Ambiente (Sema) e da Educação (SEC), o Projeto Farmácia Escola será implantado no Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde e Tecnologia da Informação Carlos Corrêa de Menezes Sant’Anna, que fica no bairro do Nordeste de Amaralina, em Salvador. O projeto será financiado pelo Fundo Estadual do Meio Ambiente (FERFA), no valor de R$ 35 mil. A assinatura do termo de cooperação entre a Sema e a SEC ocorreu na tarde desta sexta-feira (7), com a participação do titular da Sema, João Carlos Oliveira, e do subsecretário da Educação, Danilo Melo.

“A implantação da Farmácia Escola é uma ação que busca resgatar a importância da biodiversidade para o meio ambiente e a saúde dos indivíduos. É também o resgate de saberes tradicionais, notadamente aqueles relacionados ao culto das religiões de origem afro, sobre o uso de plantas medicinais da comunidade de Nordeste de Amaralina. Como homem do campo, que viveu até os 17 anos na zona rural, tenho em mim o significado desses saberes e a importância de transformá-los em produtos fitoterápicos a partir da visão de que, no futuro, os alunos poderão comercializar esses produtos”, afirmou o secretário João Carlos.

O projeto tem como objetivo o cultivo e estímulo ao uso de fitoterápicos por parte da comunidade escolar e a sociedade civil, a partir da implantação de viveiros, estufas plásticas e quintais agroflorestais e na orientação ao consumo, principalmente com espécies do bioma Mata Atlântica.

Para o subsecretário da Educação do Estado, Danilo Melo, esse projeto possui caráter interdisciplinar e dialoga com eixos contemporâneos e estruturantes da educação. “O protagonismo juvenil está em evidência nessa proposta educacional a partir do momento em que a Farmácia Escola levará o estudante a pensar a transformação da sua comunidade, por meio da educação científica e de forma ambientalmente sustentável. Esses são eixos muito importantes e que dialogam com as diretrizes da educação contemporânea, que refletem a diversidade cultural da Bahia e que faz tão bem a todos nós, que sabemos da importância de preservar esses saberes e tradições da cultura popular”, disse Danilo.

“Abraçamos essa ideia porque entendemos que a educação é fruto da construção coletiva de saberes. A comunidade do Nordeste de Amaralina é rica em sabedoria popular, estamos no entorno de uma região que tem uma vegetação diversa, em uma área de proteção ambiental. Então, esse projeto veio atender a um anseio da nossa comunidade”, destacou o diretor da unidade de ensino beneficiada, Luiz Henrique.

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