A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulheres, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), avaliou que o Mês da Mulher de 2021, lembrado em março, foi um dos mais desafiadores da história recente devido à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Para a republicana, houve uma série de entraves às conquistas e ao progresso das mulheres, mas isso não minou a esperança e a vontade de continuar lutando.
“No mês de março, sempre tivemos o costume de celebrar as conquistas das mulheres ao longo da história e reafirmar nosso desejo de continuar lutando e conquistando ainda mais direitos. Porém, em 2021, nos deparamos com a escalada do desemprego e da violência doméstica, citando apenas duas das principais mazelas que atingem grupos mais vulneráveis em tempos de crise. O Mês da Mulher de 2021 foi o mais desafiador da história, mas seguimos em frente”, pontua Ireuda.
As mulheres estão no grupo daqueles que mais sofreram com o desemprego, amargando perdas difíceis de serem reparadas com o tempo. “Como se não bastasse, a vulnerabilidade das mulheres negras ao desemprego é 50% maior. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada mostra que a cada 1% a mais na taxa de desemprego as mulheres negras sofrem, em média, aumento de 1,5%”, aponta a vereadora.
Em 2020, também houve uma escalada de casos de feminicídios na Bahia em 2020. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), foram registradas 100 ocorrências, apenas uma menos do que em todo o ano de 2019.
“Com o isolamento social provocado pela pandemia, as mulheres ficaram confinadas em casa com seus companheiros violentos. É muito provável que a maioria dessas mulheres assassinadas já sofriam agressões há muito tempo. Por isso sempre defendemos a importância da denúncia, da ampliação de medidas protetivas e de um maior engajamento de familiares, amigos, vizinhos e da sociedade como um todo. Não podemos mais ficar à mercê”, acrescenta Ireuda.
