Comissão da Mulher discute políticas públicas com titular da SPMJ, e Ireuda faz um apelo à sociedade: “Não basta dizer que se importa, é preciso agir”

A agenda em prol da bandeira da mulher continua a todo vapor. Na tarde desta quinta-feira (12), a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, presidida pela vereadora Ireuda Silva (Republicanos), reuniu-se com a titular da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPMJ) de Salvador, Fernanda Lordelo, para debater projetos e construir mecanismos para fortalecer a rede de proteção à mulher. Feminicídio, violência doméstica e sexual e empregabilidade também foram alguns dos temas abordados. A diretora de Políticas para Mulheres, Fernanda Cerqueira, também esteve presente.

Para Ireuda, um dos grandes empecilhos atuais que dificultam a formulação de políticas públicas é a carência de dados sobre a violência contra a mulher. Não há, por exemplo, uma articulação de órgãos municipais, estaduais e federais para enviar dados para entidades responsáveis por fazer esse monitoramento. “A subnotificação de violência doméstica, sexual e de feminicídios traça um retrato distorcido da realidade. Além de dificultar o planejamento de ações de combate, compromete a luta pelo empoderamento feminino. Por isso, não basta dizer que se importa, é preciso agir”, pontua Ireuda, que é autora do projeto que visa instituir, na Guarda Municipal, a Guardiã Maria da Penha. Ela também idealizou o Guardiã Maria da Penha nas Escolas, que tem o objetivo de formar cidadãos educados para reprimir qualquer tipo de violência contra a mulher.

Ações perenes de conscientização também são de suma importância, reconhecem Ireuda e as demais vereadoras que compõem o colegiado. Exemplo disso é a campanha “Meu corpo não é sua fantasia”, que por dois anos seguidos percorreu os circuitos do Carnaval de Salvador alertando sobre assédio sexual e violência, ganhando adesão de foliões, artistas e personalidades. Neste ano, o projeto não irá às ruas, já que a folia não acontecerá por conta da pandemia. No entanto, em março a comissão lançará a campanha “Maria, salvem suas vidas!”, que realizará uma série de atividades informativas sobre o feminicídio. “Muitas pessoas ainda não sabem o significado dessa palavra. Muita gente não sabe que mulheres morrem todos os dias apenas por serem mulheres”, diz Ireuda, idealizadora do SIMM Mulher, responsável hoje por capacitar e encaminhar a mão de obra feminina ao mercado de trabalho.

A empregabilidade, inclusive, também está no foco da comissão. “Não dá para querer que a mulher se empodere sem emprego digno, que a torne independente da renda do esposo. Sabemos que a violência patrimonial é a antessala das violências psicológica, emocional, física e até do feminicídio”, alerta Ireuda.

Também são membros do colegiado da mulher as vereadoras Cátia Rodrigues, Roberta Caires, Marta Rodrigues, Maria Marighella, Laina Crisóstomo, Cris Correia e Débora Santana.

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