Com 6 jogos pelo Vitória, Barroca já é pressionado por maus resultados

A situação de Eduardo Barroca não está nada fácil. Desde que foi anunciado pelo Vitória, no dia 7 de outubro, o treinador de 38 anos disputou seis partidas e não venceu nenhuma. São três empates e três derrotas. A sequência é ainda pior se somados os últimos jogos em que dirigiu o Coritiba: 12 confrontos de seca para ele, no total.

“Eu preciso estar aqui de frente para o torcedor, assumindo a responsabilidade como treinador da equipe. Não me furto de fazer isso”, afirmou Barroca, no último domingo, após a derrota de virada para o Sampaio Corrêa, pela 20ª rodada da Série B. A postura tem sido adotada corriqueiramente pelo treinador, que assume a dificuldade de tirar o melhor dos jogadores.

O A TARDE apurou que o cargo dele está ameaçado. Fontes ligadas à diretoria do clube confirmaram que os próximos jogos serão de vida ou morte para Barroca, e que o presidente Paulo Carneiro teme esperar demais para trocar o técnico e ser tarde para se salvar do rebaixamento. Serão dois duelos em casa: contra Figueirense, adversário direto na luta contra o Z-4, e Ponte Preta, atual 6ª colocada.

Carreira curta e difícil

Eduardo Barroca foi contratado para o lugar de Bruno Pivetti, que deixou o clube com 36,8% de aproveitamento. Na época, o Leão encontrava-se na 10ª posição, com 18 pontos. Seis jogos depois, o Rubro-Negro ocupa a 16ª colocação, com 21 pontos, apenas um a mais que o Náutico, que abre o Z-4.

O treinador possui uma longa passagem pelas categorias de base de inúmeros clubes, mas só veio se firmar no futebol profissional em 2019, pelo Botafogo. Desde então, além do clube carioca, passou por Atlético-GO e Coritiba, até desembarcar na Toca do Leão. Antes disso, chegou a estar na beira do gramado em alguns jogos do Bahia entre 2011 e 2013, como interino. Ele era auxiliar técnico do Tricolor, à época, e conquistou duas vitórias e dois empates nos quatro jogos à frente do time principal.

Porém, de forma geral, o retrospecto é bem ruim. Em 64 partidas como treinador principal, desde que assumiu o Botafogo, Barroca somou 24 vitórias, 14 empates e 26 derrotas (44,8% de aproveitamento). Isso deixa dúvidas sobre o planejamento de demitir Bruno Pivetti para contratá-lo. Ao anunciar o novo nome, o Vitória postou: “um treinador que se encaixa no perfil rubro-negro: gosta de comandar equipes ofensivas”.

Porém, desde a chegada de Barroca, o time vem sofrendo muito mais na defesa do que tendo um bom desempenho na frente: marcou cinco gols e sofreu oito, sendo que não balançou as redes mais de uma vez em nenhuma partida. O A TARDE tentou contato com o presidente Paulo Carneiro, para comentar o planejamento, mas não foi atendido até o fechamento desta edição.

Pontos em bloco

Para seguir almejando o sonho do início do campeonato (subir para a Série A), o treinador montou uma projeção de 10 pontos em cinco jogos. A derrota para o Sampaio Corrêa foi a primeira partida da lista, então o Leão terá de alcançar o feito nos próximos quatro embates, contra Figueirense, Ponte Preta, Náutico e CRB. Desses, três serão no Barradão.

Apesar da ideia, Barroca também alerta para o planejamento a curto prazo. “Mais que o bloco, é muito importante que a gente tenha a consciência de que precisamos melhorar a curtíssimo prazo, pensar jogo a jogo, pela nossa necessidade no campeonato”, afirmou, em entrevista coletiva produzida pela assessoria do Vitória. O tempo de preparo é estreito, já que o jogo contra o Figueirense já será na próxima quinta-feira, às 21h30.(A Tarde) Foto: Letícia Martins/ EC Vitória

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