Candidato do DEM à prefeitura de Salvador, Bruno Reis se mostrou ontem novamente contrário à intenção do governador Rui Costa (PT) de vender o Parque de Exposições da capital baiana. Segundo ele, o petista quer vender o equipamento para pagar parte da Ponte Salvador-Itaparica, que será construída em parceria com empresas chinesas. Orçada em R$ 5,34 bilhões, a ponte será erguida por meio de uma parceria público-privada na qual o governo baiano fará um aporte de R$ 1,51 bilhão. O restante do investimento será feito pela iniciativa privada, que vai explorar comercialmente a ponte ao longo de 35 anos.
“Salvador não pode abrir mão de ter um Parque de Exposições. Salvador precisa ter um Parque de Exposições. Diferente do governo do Estado, a prefeitura quando vende algum ativo, algum terreno, é para transformar em outro equipamento público. Foi assim com o Centro de Convenções e do Hospital Municipal. O estado quer vender aquele terreno (do Parque de Exposições). Dizem que é para colocar no fundo para garantir a contrapartida que o estado precisa fazer para a ponte-Salvador-Itaparica. E aí teria (no pacote de venda) o Centro de Convenções antigo, o terreno do Detran, o terreno da rodoviária, que vai sair do local (Av. ACM), e o terreno do Parque de Exposições”, declarou Bruno Reis, em uma sabatina promovida pela rádio Sociedade.
Bruno Reis disse ainda que, se eleito, a prefeitura estará disposta a firmar uma parceria para Salvador ter um novo Parque de Exposições. “A prefeitura dispõe de áreas na região de Cassange, que a gente pode disponibilizar. O Estado pode construir e passa para as federações operarem. Salvador não pode abrir mão de um Parque de Exposições. É importante para a cidade. Se o atual a operação dá prejuízo, se ele não cumpre sua função social devidamente, é por má gestão. Cabe ao governo decidir o que vai fazer. Agora, que Salvador precisa de um Parque de Exposições, isso não tenha dúvidas. Se depender de mim para isso ocorrer, o segmento da agropecuária pode contar”, afirmou.
Bruno prometeu que não irá aumentar impostos, caso seja eleito. Também afirmou que está à disposição para discutir redução de IPTU e taxas, contanto que haja contrapartida para a cidade, por meio da geração de empregos. “Vamos continuar avançando na política de alienação de imóveis que não têm utilidade para a população. São terrenos que podemos desafetar, alienar e transformar em ativos para a população. Foi assim que construímos o Hospital Municipal e o Centro de Convenções. Eram terrenos que estavam parados. Nós alienamos, com o compromisso com a população de transformar um bem público em outro bem público”, emendou.
Atual vice-prefeito, Bruno Reis contou ainda que a prefeitura tem uma ação contra o Fundeb que pode render aos cofres municipais R$ 1,5 bilhão. “Nossa meta é elevar para 70% de tempo integral, para a educação infantil, e 25% para o ensino fundamental. Hoje, com a mudança do novo Fundeb, vamos ter um incremento nos repasses federais, que vai nos permitir ampliar os investimentos. Temos também equipamentos, como o Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU) de Valéria, a Arena da Pronaica, a Arena Aquática, e vem aí o Centro de Esportes Olímpicos – esses são espaços para que sejam realizadas atividades no contraturno”, pontuou.
(Tribuna da Bahia) Foto:Divulgação / Ascom
