Neto diz que cancelamento de debates é de “direito das emissoras” e critica modelo

Após o cancelamento do debate da TV Bahia, alegando preocupação com “cumprimento das normas sanitárias”, o prefeito ACM Neto defendeu o direito das emissoras de cancelarem a realização dos eventos em meio à pandemia do Covid-19.

Ao ser questionado durante coletiva nesta terça-feira, 13, o gestor pontuou que as emissoras não tem obrigações legais com a realização dos debates e que as decisões estão sendo pautadas com o intuito de “afastar um risco maior de contágio” pelo coronavirus no momento.

“Não tenho que achar nada. Porque eu tenho que achar alguma coisa? Cada emissora tem o direito de fazer a análise sobre a conveniência de realizar ou não. Não há nenhuma lei no Brasil que obrigue emissora a realizar debate. Vai de acordo com a análise de cada veículo e existe algo chamado coronavirus que está aí e exige que todos cuidados sejam tomados”, ponderou.

A decisão da emissora, que pertence a família de Neto, foi criticada pela oposição ao candidato do prefeito, Bruno Reis. De acordo com alguns candidatos, a decisão teria sido tomada por “interesses políticos, segundo Olivia Santana (PCdoB) e teria sido uma “manobra para beneficiar certas candidaturas”, na visão de Bacelar (Podemos).

Críticas ao modelo

O prefeito aproveitou para fazer críticas ao modelo dos debates realizados durante o pleito eleitoral em todo país. De acordo com Neto, a obrigação de povoar os estúdios com muitos candidatos e e o formato, ao qual definiu como “engessado”, entendiam o eleitor e não “levam a lugar algum”.

“Tem dois erros no Brasil em relação a debates. Primeiro é essa obrigação de não sei quantos candidatos participarem dos debates. Acaba que quando você tem 7, 10, 12 candidatos, o debate não leva ninguém a lugar nenhum. Além disso tem um modelo engessado que torna muito chato assistir debate no Brasil. Quando são dois candidatos, um contra o outro, é outra emoção. Mas de resto é uma chatice. Fica aquela coisa, 30 segundos para perguntar, 1 minuto para responder, tem que ser dentro do tema e só fica nisso. Esse modelo tem que ser repensado”, ponderou.(A Tarde)

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