Bahia busca encerrar jejum em casa contra o Vasco

Mais do que uma obrigação. Mais do que voltar a vencer. Mais do que se afastar da zona de rebaixamento. Vencer o Vasco da Gama nesta quarta-feira, 7, às 19h15, no estádio de Pituaçu, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro, é uma questão de honra para o Bahia, que tanto investiu nesta temporada e iniciou a competição falando classificação à Libertadores ou até mesmo em título da Copa Sul-Americana. Porém, a realidade vivida no momento é completamente distinta: ocupa a 16ª colocação, com 12 pontos conquistados, e está apenas três à frente do lanterninha Goiás.

Por ser se tratar de um time que, historicamente, consegue se impor dentro de casa perante a seus rivais e por se vangloriar de tais feitos ao longo dos anos, inclusive na Série A, a atual campanha pode ser considerada vexatória. E um ponto crucial é justamente o desempenho dentro dos seus domínios. Para se ter uma ideia, o Tricolor já igualou o número de derrotas em casa com a de todo o Brasileirão de 2019, quando, em 19 rodadas, perdeu apenas quatro delas.

A falta da presença dos torcedores, obviamente, pesa bastante, mas não deveria ser impactante a ponto de fazer que o Tricolor chegasse à assustadora marca negativa de cinco partidas seguidas sem vencer na Série A como mandante, sendo que foi derrotado nas últimas quatro – Flamengo (3×5), Grêmio (0x2), Atlético-GO (0x1) e Sport (1×2).

Até aqui, o Bahia soma apenas dois triunfos em sete jogos disputados no Pituaçu. E isso tem incomodado o presidente tricolor, Guilherme Bellintani, que desabafou em entrevista divulgada na terça-feira, 6, pelo Programa do Esquadrão. “Uma coisa também muito importante é a questão de postura do time do ponto de vista tático. O Bahia é um time que vem tomando muitos gols no campeonato. Produz muitas chances, mas também oferece muitas chances ao adversário. A diferença é que o adversário tem 90% de conversão e a gente, apenas 40%. O time em campo tá conseguindo se proteger um pouco mais, mas tem muito para evoluir”, pontuou o presidente.

E Bellintani foi além. Ele criticou a passividade do time, a demora para reagir nas partidas, para acordar no jogo e ter uma imposição diante dos adversários, principalmente dentro de casa. ”Acho que o que o torcedor mais espera é a nossa resignação, a absoluta visão de que a verdadeira superação vai se dar quando tivermos uma entrega plena dos atletas em campo. A gente entende que isso vem melhorando nos últimos jogos. Mas parece que, às vezes, a gente tem que tomar um gol ou, no caso do último jogo, dois gols para se incomodar com a situação. A gente não faz cobranças públicas por entender que ela é mais prejudicial para o atleta, mas a gente não deixa de fazer cobrança”, falou o cartola.

O dirigente concluiu com uma mensagem direta para os jogadores e o que espera que mude a partir deste jogo, dentro de campo: “Essa mudança, além de técnica, tática, precisa ser também uma mudança de espírito dentro de campo. Já houve um avanço significativo, mas precisamos de mais”.

Incômodo

Para a partida desta quarta, o técnico Mano Menezes não poderá contar mais uma vez com a experiência do meia Rodriguinho, que ainda se recupera das dores nos pés e não participou dos treinos. Por outro lado, ele poderá usar a mesma escalação usada contra o Sport, se assim optar, já que não perdeu nenhum outro atleta por lesão ou cartão.

Incomodado com a falta de vitórias em casa, o atacante Élber, que briga por vaga no time titular com Rossi e Clayson, só pensa nos três pontos. “Espero que esse tempo sem triunfos em casa possa acabar contra o Vasco. A gente tem que procurar, primeiro, somar os três pontos, não importando se vai jogar bem ou não, e dar salto na tabela”, afirmou.(A Tarde) Foto:Felipe Oliveira / EC Bahia

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