Comunidade surda na pandemia é tema de live de Aladilce nesta quinta (13)

“Só teremos uma comunicação completamente acessível quando incluírem a obrigatoriedade da tradução em libras e audiodescrição”, defende a vereadora Aladilce (PCdoB), que aborda amanhã sobre comunidade surda na pandemia às 19h através de uma live transmitida em todas as suas redes sociais, com tradução simultânea em libras.

Aladilce, que também é Ouvidora da Câmara Municipal recebe Nanci Araújo, professora de português para surdos e idealizadora do curso ‘Em Pretas Mãos’; Álon Maurício, coordenador do ‘Projeto Diversilibras’; e Ires Brito, Doutoranda em Literatura e Cultura pela UFBA e coordenadora do Curso ‘Em Pretas Mãos’. “Recebê-los para esse debate é de suma importância, pois precisamos questionar sobre o papel da comunicação para esse público”, pontua Aladilce.

“A maior ferramenta de combate à pandemia tem sido a divulgação de informações e orientações quanto à prevenção da Covid-19. Como a comunidade surda tem tido acesso a isso?”, indaga a vereadora que, em abril, protocolou o Projeto de Indicação nº 203/2020, o qual preconiza a acessibilidade linguística para pessoas surdas residentes na Bahia. A proposta, enviada ao governador, indica a produção de materiais informativos com tradução em libras, bem como acompanhamento de tradutores em entrevistas coletivas.

Álon Maurício também falou sobre a necessidade da discussão da acessibilidade. “Não se trata de fazer isso numa perspectiva salvacionista ou assistencialista, mas por reconhecimento de um direito linguístico de uma população. Desde a minha graduação percebia as diversas lacunas e obstáculos que nós, ouvintes, colocamos para as pessoas surdas”, diz o idealizador do projeto Diversilibras, criado em 2016 com o objetivo de proporcionar diálogos acerca da diversidade de gênero e pessoas surdas e que será apresentado na live. “Esperamos que muita gente participe desse debate”, convida Aladilce.

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