Ireuda Silva debate racismo e preconceito estético em live: “Estamos travando uma batalha”

Ainda embalada pelo questionamento sobre o racismo estrutural e a importância das vidas negras, a vereadora Ireuda Silva (Republicanos) conduziu nesta quinta-feira (19) mais uma live para tratar do tema. Desta vez, as convidadas foram a jornalista Ashley Malia, a advogada Dandara Amazzi e Babiy Querino. Esta última chegou a ser condenada e presa por dois anos, injustamente, por ser negra e ter o cabelo crespo.

“Estamos travando uma batalha. Nossa luta ainda não se deu por vencida. Entendo que temos uma batalha muito grande pela frente. A exemplo disso, o que aconteceu com Babiy”, disse a republicana, que é vice-presidente da Comissão de Reparação. “O juiz entendeu que uma jovem negra, de cabelo crespo, seria a pessoa culpada. É um sistema racista. Ela foi vítima do racismo estrutural, que até hoje não vimos mudar em nada”, acrescentou Ireuda sobre o caso de Babiy.

Também foi debatido o caso de Gabriel Silva Santos, de 23 anos, preso em Salvador pela polícia após ser acusado de ter roubado um carro. Existe a suspeita, em apuração, de o jovem ter sido mais uma vítima de racismo, assemelhando-se ao caso de Babiy.

Durante a transmissão, que teve cerca de 2 mil visualizações, Ireuda também respondeu a alguns dos inúmeros comentários.

Na semana anterior, Ireuda discutiu a onda de protestos motivados pela temática “Vidas negras importam”. 75% das vítimas de homicídio no Brasil são negras, conforme o Atlas da Violência, em 2019. Para essa parcela da população, a taxa de mortes é de 43,3 por 100 mil habitantes. Já para os não negros, esse número cai para 16 por 100 mil. Estados do Nordeste, inclusive, concentram alguns dos maiores índices. Ainda segundo o Atlas, é como se negros e brancos brasileiros vivessem “em países completamente distintos”.

Categorias: Noticias

Comentários estão fechados