UNE e Ubes entram com mandado de segurança para adiamento do Enem

Solicitando o adiamento da data da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) entraram com um mandado de segurança no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O pedido liminar foi protocolado na segunda-feira (11/5).

Desde a divulgação do cronograma do exame pelo Ministério da Educação (MEC), a UNE e a Ubes lançaram a campanha #AdiaEnem. A petição on-line pelo adiamento da prova conta com quase 160 mil assinaturas.

Para as entidades representativas da classe estudantil, o adiamento do Enem é uma medida de proteção da juventude vulnerável que tem o direito de fazer a prova e entrar para a universidade. Diante a pandemia do novo coronavírus, as aulas presenciais das escolas públicas e particulares estão suspensas.

Sendo assim, muitos estudantes lidam com a dificuldade de manter os estudos em casa, por problemas como a falta de acesso a internet e do auxílio dos professores.. Alunos da rede particular podem ter mais facilidade com isso, já que costumam ter acesso à internet e, por vezes, até a aulas on-line.

Rozana Barroso, presidente da Ubes, sonha em ser primeira pessoa da família a entrar em uma universidade pública. A aluna do cursinho pré vestibular Popular diz que a insistência do MEC em manter a data da prova é o mesmo que fechar as portas para quem não tem a mesma realidade que os personagens da propagando do exame transmitida pela TV.

“Enquanto muitas pessoas estão lutando para se alimentar, o Ministério da Educação passa um comercial na televisão como se todos nós tivéssemos acesso à internet, um quarto ou computador para estudar”, argumenta Rozana.

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