Pesquisa estuda eficácia da vacina BCG contra o coronavírus

Desde 1977, o Brasil adota a política de vacinação da BCG a crianças de até cinco anos de idade. Pesquisadores de todo o mundo estudam uma provável correlação entre a imunização e a baixa incidência de casos do novo coronavírus no país. Países que não possuem uma política de vacinação da BCG, como Itália e Estados Unidos, apresentam muitos casos da Covid-19. Por outro lado, em países em que a imunização é obrigatória, como Portugal e Japão, a incidência da doença é muito menor.

As afirmações fazem parte de estudo feito por pesquisadores de Nova York, em que foi analisado o avanço do novo coronavírus em 178 nações. A pesquisa ainda carece de mais observações, mas os resultados são animadores. No Brasil, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Telecomunicações vai investir R$ 600 mil em estudos clínicos sobre a suposta correlação entre a vacina BCG e maior resistência à infecção da Covid-19.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, destacou a parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Telecomunicações para encontrar soluções para a Covid-19.

“Inúmeros projetos estão em andamento, nós estamos monitorando junto com o Ministério de Ciência e Tecnologia o que está acontecendo no mundo.”

Mandetta ressalta que, aos poucos, a comunidade científica brasileira vai compreendendo melhor a Covid-19 e como o vírus se comporta no país.

“Está todo mundo buscando ciência, buscando [remédios] retrovirais. Estamos com pistas muito importantes enquanto esse vírus vai escrevendo o seu comportamento. Não existe doença nova que se comporte igual no mundo inteiro. Nós vamos ver o seu comportamento num país como o nosso.”

A pesquisa com a vacina BCG feita em Nova York constatou que os países que possuem um programa universal de vacinação da BCG registraram até 10 vezes menos casos e óbitos decorrentes da Covid-19, se comparados a países onde a imunização não é obrigatória. Segundo o Ministério da Saúde, em 2018, a cobertura da vacina BCG chegou a 96% do público-alvo. (Ag: Rádio)

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