“Foram bem pouco expressivas”, diz Mourão sobre carreata contra isolamento

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, minimizou as manifestações a nível nacional contra o isolamento social e pela reabertura do comércio em meio à pandemia do novo coronavírus. O movimento, que acontece semanalmente há um mês, é endossado pelo presidente, Jair Bolsonaro (sem partido). Para Mourão, esse pedido é “pouco expressivo”, de uma pequena parcela da população.

Mourão fez essa análise na manhã desta terça-feira, durante uma transmissão ao vivo para o jornal O Estado de São Paulo. O vice-presidente também classificou que as pessoas que participam desses atos são da “Zona Sul”, de renda estável, e que ainda não afetaram a parcela menos favorecida economicamente.

“O que ocorre é que as pessoas estão há um mês confinadas. Claro que as pessoas que foram fazer carreata é o isolamento Zona Sul, com salário não afetado, que recebe comida por delivery em seus melhores restaurantes. Essa turma está incomodada por estar com a vida compactada. Executaram o seu direito de manifestar. Foram bem pouco expressivas. Não vejo a minha vizinha do Pavãozinho protestar por estar confinada”, disse.

Sobre qual tipo de isolamento deveria ser adotado, o vice-presidente contemporizou. “Desde o começo tem a questão que fica de isolamento vertical ou horizontal. O que temos que buscar em todos os momentos é um isolamento inteligente. Esse não é um tema que é colocado. Óbvio que para ter precisamos de uma testagem maior para definir onde há risco e onde ele é menor. O papel do presidente nisso aí, ele tem chamado atenção. Temos que olhar muito mais para as ações do que palavras”.

O vice-presidente também abordou as ações de Bolsonaro em meio à pandemia. Mourão deixou claro que não faria críticas públicas por “lealdade” ao chefe do Executivo.

“Ao longo do governo Bolsonaro, muita coisa tem sido colocada já como se fosse algo já como se fosse algo a ser executado, fruto de palavras do presidente. E aí você pode criticar e dizer: ‘O presidente não pode dizer isso’. Ele tem o direito de apresentar isso aí, por isso concorreu. As atitudes concretas dele não são de romper as barreiras que estão colocadas no presente momento, ele apresenta as ponderações dele. Eu não faço críticas públicas ao presidente porque seria deslealdade a toda prova. Caso ele me pergunte, eu apresento a ele o que penso da melhor forma”, afirmou.(EM)

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