Ex-PM e acusado de chefiar milícia, suspeito no caso Marielle é morto em troca de tiros

O ex-policial militar do Rio de Janeiro Adriano Magalhães da Nóbrega, suspeito de envolvimento na morte da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, é morto em uma troca de tiros com a Polícia Militar em Esplanada, Nordeste da Bahia.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, ele era foragido da Justiça e estava escondido na zona rural da cidade. O homem teria reagido à operação de cumprimento de um mandado de prisão; ele foi atingido por tiros, chegou a ser socorrido em um hospital da região, mas não resistiu.

Na casa onde Adriano estava escondido, foram encontradas quatro armas. Adriano Magalhães da Nóbrega era acusado de ser comandante da milícia que atuava no Rio de Janeiro e teria envolvimento com o caso Marielle.

Segundo o Ministério Público, ele também participou do esquema de rachadinha no gabinete do então deputado Flávio Bolsonaro. Em nota. a Executiva Nacional do PSOL cobra das autoridades esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte do miliciano. Confira nota na íntegra:

Nota da Executiva Nacional do PSOL sobre a morte do miliciano Adriano da Nóbrega
Na manhã deste domingo ficamos sabendo pela imprensa que Adriano da Nóbrega, miliciano ligado a Flávio Bolsonaro e um dos chefes da milícia conhecida como Escritório do Crime, foi morto pela polícia na Bahia. Adriano estava foragido e era suspeito de envolvimento no assassinato de nossa companheira Marielle Franco e Anderson Gomes.

A Executiva Nacional do PSOL exige esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte do miliciano e, através de sua Executiva Nacional, de sua direção regional Bahia e parlamentares, solicitará uma audiência com a Secretaria de Segurança Pública daquele estado para obter maiores informações, uma vez que Adriano da Nóbrega era peça chave para revelar os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson. Avaliaremos medidas que envolvam autoridades nacionais. Seguimos exigindo respostas e transparência para pôr fim à impunidade.

Marielle e Anderson: presentes!

Executiva Nacional do PSOL
São Paulo, 9 de fevereiro de 2020

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