Mercados populares se preparam para venda de pescado da Semana Santa

A Semana Santa se aproxima e tanto clientes como revendedores de pescado apressam o passo. Os primeiros a fim de garantir o item principal da ceia, enquanto os comerciantes tentam manter a fidelização dos fregueses, seja oferecendo comodidades, como os alimentos já tratados, ou por meio daquele desconto especial. Os estoques também estão sendo reforçados por conta da demanda. Mas, atenção! É preciso paciência e argumentos na hora de negociar para obter as vantagens.

Atuando no comércio de frutos do mar desde a adolescência, Antônio Conceição Silva mantém, há mais de uma década, um ponto certo no Mercado Municipal de Água de Meninos, na Cidade Baixa. Para ele, vale mais a fidelização dos clientes com preços atrativos que endurecer na hora da negociação. “Sempre tem um chorinho. Os preços, na verdade, estão bem convidativos, muito abaixo do que é praticado nas grandes redes de supermercados, por exemplo. Mas sempre é possível uma negociação vantajosa para todos”, garante.

A tática tem funcionado, segundo o comerciante. “Meus clientes são fiéis e as vendas estão superando as expectativas. Tanto que vou precisar repor o estoque até o final da semana”, diz Antônio Conceição.

Destaques – Para garantir maior comodidade para a população, bem como atender ao grande fluxo de pessoas durante a Semana Santa, os mercados municipais de Água de Meninos, mais conhecido como Mercado do Peixe, na Ladeira da Água Brusca; do Mercado de Itapuã, na Rua Genebaldo Figueiredo; e do Mercado da Liberdade, localizado na Rua Gonçalo Coelho, atuarão em esquema especial de horários.

O Mercado de Água de Meninos, cuja estimativa de venda para o período é de aproximadamente 10 toneladas, vai funcionar de segunda a quinta-feira, das 5h às 19h, e na sexta-feira até às 13h. O mercado de Itapuã vai abrir às 6h e fechar às 17h, de segunda a quinta. Na sexta-feira, ficará aberto até 13h. Já o Mercado da Liberdade vai funcionar na sexta-feira, das 6h às 17h30, e no sábado, das 6h às 19h.

Dentre os itens mais procurados para a ceia da Paixão de Cristo estão vermelho (R$ 27), corvina (R$ 15), badejo (R$ 30) e os dois tipos mais populares de pescada: branca e amarela, por volta das R$ 30. No campo dos mariscos e demais integrantes da ceia, vale destacar o camarão (R$ 30); o siri catado (R$ 35); o chumbinho (R$ 15) e o sururu (R$ 15).

Nutrição – Além de itens indispensáveis à tradição da Semana Santa na Bahia, os frutos do mar compreendem ainda uma importante e rica fonte de nutrição para o corpo humano. De acordo com a nutricionista Ana Kelly Amaral, o consumo de peixes é benéfico à saúde for serem alimentos com fonte de proteínas e minerais como zinco, que tem efeito antioxidante no organismo, e ácidos graxos ômega 3, que têm ação anti-inflamatória conferindo proteção cardiovascular, redução dos níveis de LDL colesterol, chamado colesterol ruim, e aumento dos níveis de HDL colesterol, o colesterol bom, melhorando a memória, por exemplo. Já os mariscos e moluscos, como camarão, caranguejos, lula, polvo, também são ricos em proteínas, cálcio, zinco e ômega 3.

“Os peixes com maior concentração de ômega 3 são os peixes de água fria, como salmão, atum, sardinha e arenque. Outro benefício em relação ao consumo de peixes é que eles são fontes de vitamina D, principalmente os peixes com maior teor de gordura, local onde essa vitamina fica armazenada. A vitamina D é fundamental para a saúde óssea, pois aumenta a absorção de cálcio no intestino, ajudando na prevenção da osteoporose”, destaca a nutricionista.

A especialista lembra ainda que o consumo de sardinha, atum e outros enlatados não são maléficos à saúde. “Ao consumir peixes enlatados, escolha sempre os conservados em óleo. Na hora de consumir, o óleo deve ser totalmente descartado. A forma de preparo dos peixes e mariscos também é muito importante, o ideal é prepará-los ao forno, ou fazer preparações grelhadas ou cozidas, juntamente com verduras e legumes para aumentar o valor nutricional da refeição. O cuidado na compra e armazenamento é muito importante, para que não ocorram intoxicações alimentares”, explica.

Na hora de comprar os alimentos, a nutricionista pede muita atenção em relação à qualidade do peixe e mariscos. “Não deve haver água dentro da embalagem, nem sinal de recongelamento, a consistência deve ser firme, não amolecida, nem pegajosa, com odor característico. A cor característica dos filés de peixe, geralmente, é branca ou ligeiramente rósea”, destaca.

Segundo Ana Kelly Amaral, o armazenamento pode ser realizado sob congelamento, onde os alimentos são armazenados à temperatura de, no mínimo, 0 ºC e sob refrigeração, à temperatura de 0 ºC a 10 ºC.

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