Dia Nacional do Café: os benefícios secretos do café para o cérebro

Nesta terça-feira, 24 de maio, é comemorado o Dia Nacional do Café, uma das bebidas mais consumidas no mundo. Segundo a Farrers Coffee, o Brasil é o líder em produção mundial de café, que chega a marca de 59 milhões de sacas de 60kg.

Esta história se inicia no século XVIII, com as primeiras mudas da planta sendo cultivadas no país, e com o tempo a expansão da produção permitiu que a exportação para outros países fosse a maior fonte de economia do Brasil.

Tomar café durante o dia é um ritual comum em diversas culturas, mas quais são os benefícios e malefícios do consumo desta bebida que faz parte do dia-a-dia das pessoas?

A nutricionista Nathália Guimarães (@nathaliaguimaraes_nutri), da Nutrindo Ideais (@nutrindoideais) argumenta que a cafeína eleva a serotonina e a acetilcolina, dois neurotransmissores que ajudam o cérebro a estabilizar a barreira hematocefálica. “Além disso, o café é um dos alimentos com teores mais altos de polifenóis que atuam reduzindo a neuroinflamação e consequentemente ajudando a evitar o déficit cognitivo”, completa.

Porém, Nathália aponta que nem todas as substâncias presentes no café fazem bem para a saúde. “O café que não é coado contém óleos naturais chamados diterpenos que aumentam os níveis de colesterol LDL, potencialmente resultando no endurecimento e espessamento das artérias do cérebro”. Além desta, a torra do grão do café forma uma substância química chamada acrilamida que pode inibir a neurotransmissão, prejudicar neurônios da dopamina e aumentar o estresse oxidativo.

Estudos colaboram para esta concepção. De acordo com o psiquiatra Higor Caldato (@drhigorcaldato), sócio da clínica Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), embora os estudos tenham apresentado resultados mistos, algumas pesquisas sugerem que o café pode ajudar a proteger contra certos distúrbios neurodegenerativos, incluindo a doença de Alzheimer e a doença de Parkinson.

Seguindo uma revisão de estudos, as pessoas que consumiam cafeína regularmente tinham um risco significativamente menor de desenvolver a doença de Parkinson. Além disso, o consumo de cafeína também retardou a progressão da doença de Parkinson ao longo do tempo.

Outra revisão de 11 estudos observacionais em mais de 29.000 pessoas também descobriu que quanto mais café as pessoas consumiam, menor o risco de doença de Alzheimer. Além disso, vários estudos demonstraram que o consumo moderado de café pode estar associado a um menor risco de demência e declínio cognitivo.

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