“Depois de termos nadado tanto tempo no oceano do machismo, não será agora que vamos morrer na praia”, diz a republicana
A presidente da Comissão de Defesa de Direitos da Mulher, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), acredita que o prefeito de Salvador, Bruno Reis, está de parabéns pela ampla representatividade feminina em sua gestão, que começou com 10 mulheres à frente de secretarias. Segundo a republicana, é uma visão pioneira, corajosa e moderna no país, abrindo portas para possibilitar o empoderamento feminino em outros âmbitos.
“Quando assumiu o mandato em janeiro de 2021, o prefeito Bruno Reis mostrou de imediato que uma das marcas da gestão seria a participação feminina. Cerca de 40% do secretariado é comandado por mulheres — um verdadeiro avanço na história de Salvador e da Bahia. Também há muitas mulheres em outros cargos importantes. O crescente empoderamento feminino é inevitável, e Bruno aderiu a essa expressão de progresso com a consciência de um grande chefe de estado”, afirma Ireuda.
Nesse sentido, a republicana defende que, pela lógica, o Plano de Carreira Carreira e Vencimento (PCCV) da Guarda Civil Municipal (GCM) deve seguir o fluxo do progresso e permitir que mais mulheres integrem a corporação e ascendam cada vez mais na hierarquia.
“Infelizmente, foi tirado do Plano de Carreira, Vencimentos e Vencimento (PCCV) a proposta que previa um percentual mínimo de 20% de vagas para mulheres ocuparem os cargos em todos os níveis da carreira. Sendo já enviado à Câmara com a indevida alteração. Tenho certeza que o prefeito Bruno Reis não está ciente dessa situação, que é incompatível com a sua visão em prol da igualdade e da ascensão feminina em espaços de poder”, diz Ireuda.
“A Guarda Municipal de Salvador é uma das mais femininas do País. Existem várias mulheres guerreiras na corporação, em praticamente vários níveis hierárquicos, demonstrando competência, bravura, visão estratégica e capacidade de gerenciamento. Portanto, estamos certos que o prefeito Bruno Reis, com sua profunda sensibilidade, promoverá uma revisão desse trecho do projeto. Não negociaremos nenhum passo para trás, nem direitos pela metade. Depois de termos nadado tanto tempo no oceano do machismo, não será agora que vamos morrer na praia”, acrescenta a republicana.
