Mentir no currículo é o pior erro de candidatos, segundo pesquisa com jovens

A boa comunicação, skills e a transparência desde o currículo são decisivos no processo de seleção

Muita gente acredita ser essencial ter todas as habilidades requeridas pelo mercado para conseguir prosseguir em um processo seletivo. Contudo, não é só isso, existem outras razões. Nesse sentido, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios fez um estudo, entre 1º e 12 de novembro, com a participação de 15.874 jovens entre 15 e 29 anos, perguntando: “qual falha mais provoca a eliminação de candidatos?”. Como resultado, encontramos a importância da oratória e de ser verdadeiro no Currículum Vitae, conhecido popularmente como currículo (CV).

Com 37,82% (ou 6.004) dos votos, “ter escrito informações falsas em seu próprio CV” ficou em primeiro lugar no pódio. Essa é uma percepção valiosa, pois quando um candidato mente existe um prejuízo tanto para si, como para a empresa. “As vagas são filtradas e disponibilizadas conforme as informações inseridas no documento, logo, não aparecerão de forma correta e o aspirante perderá tempo realizando inscrições para posições não alinhadas com o seu perfil técnico”, explica a analista de seleção do Nube, Beatriz Menezes.

Além disso, de acordo com ela, se uma farsa for mantida até o momento da contratação, o indivíduo terá dificuldades nas rotinas iniciais e provavelmente será desligado cedo. “Dessa forma, mancha sua imagem profissional e perde a oportunidade de fazer parte da companhia futuramente. Por isso, é fundamental manter os dados atualizados e concorrer a possibilidades combinadas com você”, complementa a especialista.

Já para 29,62% (4.702) a linguagem informal e inadequada é o fator determinante. Nesse sentido, é essencial ter bom senso na hora de se comunicar durante uma entrevista. “Excesso de informalidade pode passar a impressão de falta de discernimento ou até desinteresse. Há instituições com uma cultura muito convencional e outras nem tanto, porém, mesmo nos ambientes mais descontraídos, é considerável tomar cuidado para não se exceder em relação a espontaneidade e acabar prejudicando a autoimagem. O segredo é sempre o equilíbrio”, adverte a analista.

Para Beatriz, é sempre interessante o cuidado com a língua portuguesa, evitar lapsos de concordância, muitos vícios de linguagem, uso de gírias ou palavras pronunciadas de forma incorreta. Portanto, o cuidado com a comunicação deve acontecer desde o CV, pois erros de português nesse arquivo podem gerar uma má ideia por parte do selecionador.

Ainda, 14,07% (2.234) acreditam na apresentação ruim e não destacar seus pontos fortes como elemento crucial de eliminação. “É imprescindível demonstrar segurança ao transmitir conhecimentos, manter-se calmo e atento aos questionamentos do entrevistador para respondê-lo de forma assertiva e clara”, diz a recrutadora.

Outros 12,62% (2.003) concordam sobre as skills não adequadas à oportunidade serem o motivo de não aprovação em um recrutamento. Isso realmente tem um peso. “Deve existir um alinhamento referente às maestrias requisitadas para a função e as do concorrente. O feedback auxilia muito nesse processo, pois o avaliador trará com detalhes os pontos de desclassificação e, também, dicas referente a melhoria”, afirma a analista de seleção do Nube.

Por fim, para 5,86% (931) não estudar previamente sobre a entidade é um grande vacilo. “Muitas vezes, os indivíduos confundem os postos e trazem informações erradas sobre a empresa, isso pode ser interpretado como falta de atenção e ser negativo. Por isso, saber os objetivos, visão e valores, entre outros elementos relevantes é um destaque para o estudante. Ademais, ele pode verificar se existem dúvidas e aproveitar para esclarecê-las durante a entrevista”, finaliza Beatriz.

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