Belezas, resistência e ginga brindam lançamento de Festival de Capoeira

O lançamento foi realizado na véspera do dia da Consciência Negra, no Teatro Vila Velha

Emoção, ancestralidade, resistência, beleza, união e muita ginga. Essas foram as tônicas do lançamento do I Festival de Capoeira: ancestralidade e resistência, realizado na noite da última sexta-feira,19, no teatro Vila Velha, no centro de Salvador.
No dia que antecedeu as comemorações pela Consciência Negra, mestres, contramestres, alunos e amantes dessa arte genuinamente brasileira receberam de presente o compromisso de que a realização terá o apoio financeiro do Governo do Estado, através da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre); Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), além do apoio da Fundação Gregório de Mattos e da Prefeitura Municipal.

Outro ponto alto da noite, que foi rica de simbolismo e luta, foi o lançamento do projeto Respeita as Mina na Capoeira, anunciado pela contramestra Princesa e a secretária estadual de Políticas para as Mulheres Julieta Palmeira que, na oportunidade, conclamou os presentes a abraçarem os 21 dias de ativismo contra a violência contra as mulheres. “Que essa seja uma luta da sociedade unida e que as mestras possam fazer escola para a presença feminina. Salve a mulher na Capoeira”, enfatizou Julieta.

Visivelmente emocionado com as presenças, o coordenador do Capoeira em Movimento Jurandir Júnior (Jacaré Di Alabama) reforçou a importância da iniciativa para criar pontes entre as diversas expressões e vertentes da capoeira na Bahia, Brasil e mundo. “Esse Festival quer subverter a ordem de uma sociedade excludente, racista, que prega que ‘farinha pouca, meu pirão primeiro’, queremos incluir todas e todos, colocar a capoeira no lugar destaque que ela merece”, enfatizou.

Presença quase onipresente, o mestre de cerimônia Tonho Matéria lembrou o saudoso Mestre Pastinha e reforçou que ‘capoeira é tudo o que a boca come’. “Queremos colocar a capoeira no lugar que ela merece, de maior difusora da língua portuguesa, de publicizadorado Brasil e da cultura local. Não precisamos que apenas Pierres Vergets venham legitimar nossa arte”, completou.

A solenidade de lançamento foi brindada com uma roda de capoeira, comandada pelo mestre artesão Olavo da Paixão e pela presença vibrante de mestres e griôs, como o Mestre Curió, além um coquetel servido ao final da noite que deu uma mostra do que virá em Janeiro de 2022.

Viva a Capoeira! Viva os Mestres! Viva as Mulheres na Capoeira e viva o I Festival de Capoeira: ancestralidade e resistência!!!!
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