Ireuda Silva e empresárias debatem racismo contra a mulher negra no programa “Forte por Ser Mulher”

Em mais uma ação em referência ao Novembro Negro, a vice-presidente da Comissão de Reparação e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), recebeu duas mulheres negras empoderadas na última edição do programa “Forte por Ser Mulher”, transmitido ao vivo em suas redes sociais: as empresárias e trancistas Denise Melo e Cinthya Nascimento. Entre os temas abordados, esteve o racismo contra a mulher negra, que também é alvo do machismo, e como o preconceito impõe barreiras ao empoderamento.

“Somos silenciadas de tal forma que não temos coragem de enfrentar os obstáculos para nos inserirmos nos locais que nos são de direito. Primeiro, nos limaram. Hoje são barreiras e mais barreiras, todos os dias. O racismo silencia de tal forma que as mulheres negras desacreditam”, disse Ireuda.

Denise narrou parte de sua trajetória e ressaltou que teve de lutar muito para construir seu empreendimento, enfrentando obstáculos que uma mulher branca normalmente não enfrentaria. “Temos sempre que explicar para as pessoas por que estamos ali e como chegamos até ali, porque para elas não faz sentido. Pelo meu esforço, hoje tenho espaço no centro da cidade, um espaço de tranças. Um espaço desvalorizado, mas precisamos quebrar isso. Dou aula de tranças e mostro que isso é uma profissão e que muitas mulheres podem se dedicar a isso”, pontou.

Cinthya, por sua vez, acrescentou que o empoderamento da mulher negra é um processo coletivo, envolvendo o esforço de todas. “Primeiro, é um processo de empoderamento. O empoderamento da mulher negra é um processo coletivo, não é sozinho. A dor que Denise falou eu comungo, porque não é uma dor só dela. Precisamos conhecer esse espaço, vivenciar e buscar mecanismos para fazer a mudança. Precisamos nos defender. O racismo dói”, afirmou.

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