Padaria Comunitária inaugurada em Lauro de Freitas leva esperança a moradores em situação de vulnerabilidade social

Com música, balões e fogos de artifício, a Padaria Comunitária Ideal foi inaugurada nesta sexta-feira (12), em Lauro de Freitas. O equipamento beneficiará moradores em situação de vulnerabilidade social do Conjunto Habitacional Lauro de Freitas, no Jambeiro, onde o prédio está fixado, e do residencial Quinta da Glória, no Parque São Paulo. No local, a população poderá aprender a produzir e retirar pães de forma gratuita. O objetivo é qualificar e oportunizar a ampliação da renda entre as famílias afetadas principalmente pela crise gerada pela pandemia do coronavírus.

O projeto foi idealizado pela Associação de Comunitária Ideal e fomentado através do edital Década Afrodescendente da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Social (Sepromi). “O edital garantiu o recurso financeiro para esta iniciativa que é voltada também para a prevenção e enfrentamento aos efeitos do coronavírus. A Padaria Comunitária Ideal promoverá sustentabilidade e geração de renda para a população local”, falou a prefeita Moema Gramacho, presente na inauguração.

De acordo com o coordenador executivo da Secretaria Municipal de Políticas Afirmativas, Direitos Humanos e Promoção da Igualdade Racial (SEPADRIR), Ricardo Andrade, um novo convênio será celebrado a partir de dezembro, o que possibilitará a ampliação do projeto, que além de pão, produzirá também sonhos e bolos. “Toda produção será distribuída de forma gratuita para a comunidade, a partir de um cadastro local, que considera o grau de vulnerabilidade das famílias, priorizando mulheres, mães solteiras e pessoas com deficiência”, disse.

Os recursos do edital devem garantir a confecção das massas por um período dois meses, depois, os pães, bolos e sonhos serão vendidos a preço de custo. “Isso fará a economia local girar e o projeto se tornará autosutentável”, explicou Ricardo.

Ao lado da secretária da Sepromi, Fabya Reis, do deputado federal Jorge Solla, secretários e vereadores, Moema também lembrou a importância do momento durante o Novembro Negro. “Esse é um momento histórico. Abrimos este espaço no mês em que debatemos e refletimos sobre as políticas para a população negra, que é maioria entre os mais vulneráveis. Esse equipamento é uma demonstração do processo democrático, fomos selecionados através de um edital. Este é um projeto com alcance social imenso”, ressaltou.

Os moradores da localidade que tiverem interesse em integrar o projeto devem ir até o equipamento para realizar o cadastro. “Serão selecionadas pessoas dispostas e que devem ter o NIS (Número de Identificação Social), pessoas em situação de vulnerabilidade social, indicadas por lideranças locais, como mulheres e deficientes”, informou Ricardo.

Animada com a possibilidade de aprender a confeccionar seus pães, bolos e sonhos, Irani dos Santos, moradora da localidade, acredita que a proposta do equipamento é muito positiva. “Aqui temos muitos jovens que precisam de uma ocupação no turno oposto à escola para ajudar financeiramente em casa”, falou. Jovenilda Santos, pensa da mesma forma. Ela está desempregada desde o começo do ano e vê no equipamento uma maneira de voltar ao mercado. “Quero aprender para fazer disso minha fonte de renda”, disse otimista.

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