Ireuda Silva repudia suposto racismo entre estudantes de colégio particular

“É chocante ler mensagens com tamanho nível de ignorância, burrice e ódio entre alunos”, repudiou a Republicana

A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, que também é vice-presidente do colegiado de Reparação, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), repudiou os comentários escancaradamente racistas que circularam em grupo de WhatsApp de estudantes do colégio SEB Sartre, de Salvador, bem como a omissão da instituição em identificar e punir os autores das mensagens. “Pretos morram”, “macacada” e “pode macado no gp?” são algumas das falas racistas.

“Moramos na cidade mais negra fora do continente africano, com mais de 80% da população autodeclarada preta ou parda, então é chocante ler mensagens com tamanho nível de ignorância, burrice e ódio entre alunos de uma das melhores escolas particulares da Bahia. É muito contraditório, para não dizer paradoxal. Onde está a educação? Certamente não está nesta escola, considerando a postura omissa que vem adotando no caso. E também não está na casa desses adolescentes, pois o respeito ao próximo começa a ser ensinado no seio familiar”, diz a republicana.

Ireuda disse ainda que o Ministério Público da Bahia (MP-BA) precisa se mobilizar para investigar o caso. “É lastimável e preocupante, porque as novas gerações deveriam ser mais esclarecidas e respeitosas. Mas, se desde cedo, um ser humano é capaz de tanto descaramento e crueldade, o que esperar do futuro? Por isso, defendemos que racismo e injúria racial não podem passar impunes. Nem podemos parar de discutir, abrir caminho, conquistar direitos e voz, desconstruindo o racismo que permeia a cultura e a estrutura da sociedade”, acrescenta.

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