Professor propõe debate com novas perspectivas sobre a Independência do Brasil

Analisar com criticidade o processo de Independência do Brasil, momento que será celebrado no próximo dia 7 de Setembro, é a proposta do educador Almir Eudes Mata Vidal. O professor atua na Escola Municipal Tenente Almir, situada no Lobato, e leciona nas turmas do 3º e 5º ano do Fundamental.

Este ano, em função da crise sanitária ocasionada pelo Covid-19, a data cívica é abordada com estratégias que promovam a reflexão dos alunos sem a realização de desfiles cívicos e outras atividades tradicionais no âmbito escolar. Nesse sentido, Vidal gravou uma videoaula sobre o tema que deve ser reexibida nos próximos dias nos multicanais digitais (4.2 e 4.3) que estão transmitindo conteúdos para os alunos da Rede Municipal de Educação desde o ano passado.

“É importante trazer a história com uma análise crítica, tirando o romantismo que foi registrado pela história tradicional e que está muito bem representado no quadro de Pedro Américo com Dom Pedro I representado como herói no centro e a população o reverenciado”, explicou.

O professor reforça que é preciso trabalhar com os estudantes a importância da Bahia no protagonismo histórico da Independência do Brasil. Isto porque, embora a Independência tenha disso proclamada no país em 1822, as tropas portuguesas só foram banidas no Brasil no ano seguinte, na batalha de 2 de Julho.

Vidal também destacou que é preciso trabalhar no ambiente escolar que outros personagens, como a Princesa Leopoldina e o ministro José Bonifácio, foram grandes articuladores intelectuais do processo de independência. Além disso, o professor acredita que, tanto no passado como no futuro, a força popular é o principal mecanismo de transformação política e social.

“A pressão popular que ocorreu após o 7 de Setembro é a chave dessa história. Os professores podem, a partir do conhecimento prévio dos estudantes sobre outros exemplos de independência mais comuns, como a financeira e da casa dos pais, chegar até a política e abordar como ela é representada em aspectos objetivos da soberania do país”, explicou.

Este paralelo, reforçou, pretende impactar a autoestima e a perspectiva dos alunos sobre seu poder de mudança na sociedade. “Os alunos precisam chegar a essa discussão para entender o processo de Independência do país situando o papel da Coroa Portuguesa e com uma linha do tempo para que eles entendam como foi importante se desvencilhar de Portugal. A ideia é que os alunos compreendam que a independência e a democracia andam juntas”, finalizou.

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