Ireuda Silva se solidariza com povo do Afeganistão, defende ação de órgãos internacionais e diz que situação das mulheres serve de alerta: ‘Retrocessos sempre são possíveis’

Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, a vereadora Ireuda Silva (Republicanos) lamentou o caos vivido pela população do Afeganistão, após o grupo extremista Talibã retornar ao poder após 20 anos. Preocupada, a republicana apontou que as mulheres são as mais atingidas pelas medidas do novo governo, que tem retirado direitos básicos conquistados nos últimos anos. Ela defendeu que organismos internacionais atuem contra o retrocesso no país.

“As imagens que circulam sobre a situação no Afeganistão são aterrorizantes: a população está sofrendo represálias e grande parte dela deixou suas casas e está tentando fugir do país. A situação é mais delicada no que se refere às mulheres: os poucos direitos básicos alcançados por elas nos últimos anos, como o direito de estudar e sair sozinha às ruas, estão sendo retirados. São praticamente dois mil anos de retrocesso. Os organismos políticos internacionais e defensores dos direitos humanos precisam agir já. Milhões de vidas que estão em jogo, principalmente as vidas femininas”, pontuou, acrescentando que é urgente uma ação concisa no Afeganistão, antes que seja tarde demais.

Ainda de acordo com Ireuda, as instituições precisam ser constantemente fortalecidas para resguardar os progressos sociais construídos ao longo dos anos. “A situação das mulheres no Afeganistão constitui um alerta, pois mostra que retrocessos e retirada de direitos são possíveis em qualquer lugar do mundo quando as leis e instituições não são fortes o bastante para sustentar os avanços conquistados. Precisamos nos solidarizar com todas aquelas pessoas, seres humanos e merecedoras de uma vida digna como nós, e nos manter firmes na luta pela ampliação dos direitos das mulheres em nosso país e no fortalecimento daquilo que já conquistamos”, acrescentou.

Desde o último domingo (15), quando o Talibã retornou ao poder, milhares de pessoas abandonaram seus lares rumo aos aeroportos e às fronteiras, na tentativa de deixar o país. A maioria das mulheres tem evitado sair às ruas desacompanhadas por um homem, o que não era permitido no antigo regime Taliban deposto em 2001. Além disso, estão sendo impedidas de estudar e trabalhar. As universitárias, por exemplo, já se despediram de seus professores e agora veem um futuro incerto pela frente.

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