Forte por Ser Mulher: Ireuda Silva defende informação como ferramenta para combater violência doméstica: “Informação é poder”

A importância das casas de acolhimento foi o tema do programa “Forte por Ser Mulher” desta quinta-feira (12). A transmissão ocorreu nas redes sociais da vereadora Ireuda Silva (Republicanos) e contou com a participação da secretária de Políticas para Mulheres de Salvador, Fernanda Lordelo, e da diretora da pasta, Fernanda Cerqueira.

Um dos temas desta edição, que integra a programação do “Agosto Lilás”, que tem o objetivo de alertar para o combate à violência doméstica, foi a importância da informação para ajudar as vítimas. “Informação é poder. E quando você tem esse poder, você sabe o que fazer. O que tende a acontecer com a mulher agredida, no ato da agressão? É o desespero, um desequilíbrio emocional muito grande. E isso dá um ganho de espaço para o agressor. Fica perdida, sem saber como resolver a situação, e enquanto isso continua a ser agredida”, pontuou Ireuda, que é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.

De acordo com Fernanda Lordelo, uma das principais funções das casas-abrigo, onde vítimas de violência são acolhidas, é protegê-la do agressor. “Quando a mulher é encaminhada à casa abrigo, a ideia é protegê-la de um possível feminicídio. Então ela precisa ficar o tempo suficiente afastada para evitar o risco de morte. Então, não significa que se o agressor foi preso ela vai ser abandonada. Existe uma rede de enfrentamento à violência, e ela vai ser acompanhada. Ela precisa reconstruir a vida”, declarou.

Fernanda Cerqueira acrescentou que “precisamos esclarecer que para além da prisão do agressor, precisamos acolher a mulher. E esse acolhimento passa primeiro pela vontade dela. Uma mulher só é encaminhada para uma casa-abrigo ou uma casa de acolhimento se ela quiser. Ela indo, encontra uma equipe multidisciplinar”.

No ano passado, a Bahia registrou 113 crimes de feminicídio, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Foi um crescimento de 11,8% em comparação ao registrado pelo estado em 2020. O aumento foi registrado pelo segundo ano consecutivo.

Já a pesquisa “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelou que uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos disse ter sofrido algum tipo de violência ou agressão em 2020. Foram 17 milhões de mulheres vítimas de violência física, psicológica ou sexual. Ainda segundo o levantamento, as negras e mais jovens são as vítimas preferenciais — mais de 28% das mulheres pretas disseram que sofreram agressões.

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