Projeto Casarões da Codesal já fez vistoria em mais de 1.600 imóveis

Ação visa identificar riscos e encontrar alternativas de preservação do patrimônio histórico e cultural junto a proprietários ou órgãos tombadores

O Centro Histórico de Salvador abriga imóveis antigos que, ao longo dos anos, passaram por um acelerado processo de degradação, principalmente pela falta de manutenção de seus proprietários. Muitos destes imóveis estão totalmente abandonados, alguns deles tombados, representando risco iminente para moradores e transeuntes.

Visando garantir a segurança da população, a Defesa Civil de Salvador (Codesal), por meio do Projeto Casarões, realiza vistorias periódicas, identifica o risco nos diversos imóveis localizados no Centro Histórico e seu entorno e encaminha relatório aos órgãos responsáveis pela manutenção do patrimônio cultural.

Assim, o Projeto busca encontrar a melhor alternativa de preservação destes imóveis, já que muitos proprietários não têm recursos para custear as intervenções necessárias.

Já foram vistoriados e georreferenciados 1.672 casarões dos quais 129 encontram-se em risco muito alto; 235, alto; 800, médio; 391, baixo e 117sem risco.

Segundo a Codesal, os proprietários e moradores são notificados e orientados a deixar os imóveis, quando ocupados, e realizar a recuperação das edificações. O Ipac e o Iphan também são informados sobre as condições dos imóveis localizados nas poligonais de tombamento.

As vistorias são feitas a partir de demandas dos moradores ou proprietários, por iniciativa da Codesal ou de solicitações feitas por órgãos parceiros. Todas as inspeções, independentemente de o imóvel ser particular ou público, são realizadas envolvendo análise técnica, executadas por profissionais habilitados.

A subcoordenadora de Áreas de Risco e coordenadora do Projeto Casarões, Rita Morais, cita que uma das grandes dificuldades na gestão das atividades é o acesso ao proprietário ou a recusa de assinar a notificação. “Isso prejudica o principal objetivo do projeto que é o de atuar de forma preventiva, buscando a conservação do patrimônio histórico”.

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