Arquidiocese de Brasília afasta padre após acusações de abuso sexual

A Arquidiocese de Brasília decidiu afastar um padre das atividades após denúncias de estupro contra um jovem. Atualmente com 21 anos, o rapaz disse que tinha menos de 14 quando aconteceram os supostos abusos. Acompanhado da família, o rapaz procurou a entidade religiosa para denunciar o caso.

Em nota, a Arquidiocese reiterou o afastamento preventivo do padre de suas funções sacerdotais “até o efetivo esclarecimento dos fatos impróprios apontados”. A decisão é do arcebispo de Brasília, dom Paulo Cezar Costa.

O comunicado também afirmou que a entidade recebeu o denunciante e seus familiares em audiência. “Acolhendo e manifestando sua proximidade de pastor, prestando assistência protetiva e psicológica aos envolvidos, zelando e expressando o compromisso da Igreja com a proteção de crianças, adolescentes e pessoas vulneráveis”, destacou.

O padre atuava há mais de duas décadas em Brasília. Ele também era professor na Faculdade de Teologia da Arquidiocese de Brasília (Fateo).

Uma investigação dentro da Arquidiocese foi aberta para apurar o caso pela Comissão Arquidiocesana de Proteção de Menores e Pessoas vulneráveis. As denúncias também foram registradas na Polícia Civil e são apuradas pela Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA).

Outro lado

A defesa do padre afirma que o inquérito policial ainda não foi aberto pelo jovem denunciante. “Fiz um pedido formal e vão me responder em 24 horas se há ou não esse procedimento lá. Até então, a informação que temos da própria polícia é que não há nada contra o padre”, explicou o advogado Everton Nobre.

“A Arquidiocese não disponibilizou para nós a cópia da denúncia. Só fomos notificados do afastamento por causa da investigação prévia que a igreja faz. É o procedimento padrão”, afirmou.

Nobre ressaltou que o padre está abalado com a repercussão da notícia. “Não houve sequer início ou conclusão do inquérito policial para haver julgamento antecipado da maneira que foi exposto”, disse. “Esse procedimento é muito delicado porque pode destruir a vida de uma pessoa”, concluiu a defesa.(CB) Foto: Divulgação/Arquidiocese de Brasília

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