O prefeito de Salvador, Bruno Reis, recebeu do deputado Paulo Câmara (PSDB) a indicação para que instale na cidade parques infantis adaptados com brinquedos inclusivos, a exemplo do que acontece em Londrina, no Paraná. Estes espaços, descreveu, contam com carrossel, balanço e gangorra próprios para que crianças “cadeirantes” os possam utilizar. O parque também possui uma área interativa com painéis contendo pictograma, espelho, mola girassol, ábaco e xilofone, brinquedos sensoriais para estimular crianças autistas e outras condições neuroatípicas.
Para justificar a sugestão, o tucano lançou mão da Constituição que, em seu Art. 5º, apregoa que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade…”. Câmara considera que esses espaços adaptados são, dentre outras coisas, “um gesto de respeito com as crianças com deficiência”, que precisam e merecem ter acessibilidade inclusive para brincar e se divertir. “É muito importante que as crianças tenham um local de socialização, um espaço onde possam ir com a sua família e se sentirem incluídos”, opinou.
Por isso, ele pediu ao prefeito “para aderir a essa ideia”. E citou declarações de Maria Lina Griggio, mãe de João Gabriel, que tem 4 anos e é portador de transtorno do espectro do autismo. Para ela, as principais dificuldades enfrentadas são relacionadas à falta de conhecimento. “As pessoas não sabem o que é o autismo nem como lidar com isso. Percebo as pessoas receosas com meu filho, sem saber como agir, porque falta informação. E é convivendo que vamos superar. Esse parque adaptado vai trazer isso. As crianças podem brincar juntas e se divertir, vamos trocar informações e nos entender melhor”, afirmou.
