Salvador: Projeto estabelece o Dia Municipal de Enfrentamento ao Lesbocídio

O Mandato Coletivo Pretas por Salvador protocolou o Projeto de Lei nº 222/2021, que visa estabelecer o dia 13 de abril, como o Dia Municipal de Enfrentamento ao Lesbocídio – Lei Luana Barbosa. O objetivo da data é ajudar a promover campanhas, atividades e ações públicas de enfrentamento e erradicação do lesbocídio, bem como de construção de uma cultura de não violência contra as mulheres lésbicas.

Como explica a vereadora Laina Crisóstomo (PSOL), esse projeto de lei se inspira na proposição protocolada pela deputada estadual do Rio de Janeiro Mônica Francisco (PSOL). O dia remete à data de morte de Luana Barbosa dos Reis Santos, que faleceu aos 34 anos, vítima de violência policial em 2016, em Ribeirão Preto (SP). Luana era uma mulher, negra, lésbica, periférica e mãe.

“Luana Barbosa tinha a minha idade e hoje a gente está aqui para fazer memória a ela e combater e enfrentar o lesbocídio. Não adianta a Câmara botar luz colorida à noite, se dentro dessa Casa tem gente tentando revogar uma lei que é tão importante para nós”, disse a vereadora Laina Crisóstomo (PSOL).

Orgulho LGBTQIAP+

No Dia Internacional Orgulho LGBTQIAP+, 28 de junho, a vereadora Laina Crisóstomo (PSOL) subiu na tribuna do Plenário Cosme de Farias e fez uma fala extremamente forte e representativa sobre o assunto, como ela mesma pontua. Mãe e lésbica, ela portava uma bandeira nas cores do arco-íris, quando fez seu discurso.

Em sua fala, Laina afirmou que não cabem mais armários, caixas e padrões sociais. “Mas a gente sabe o quão é violento arrombar armários e corrente. A política é um espaço hostil para a nossa orientação sexual, para a nossa identidade de gênero, para a nossa cor, para os nossos corpos. Não é fácil carregar o título de única LGBT assumida dessa Casa, porque aqui é uma Casa que aprovou a lei Teu Nascimento, mas que tem gente aqui dentro que quer revogar essa lei”, pontuou a parlamentar.

Laina também afirmou que o Dia do Orgulho LGBTQIAP+ é para falar sobre dores e sobre perdas. “Vamos lembrar do último final de semana em Recife que foi muito violento para nós LGBT, pelos crimes que aconteceram, ceifando a vida de pessoas”, pontou.

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