Após sete anos de vigência, Plano Nacional de Educação não avança, afirmam educadores

Das 20 metas propostas pelo Plano Nacional de Educação (PNE), somente cinco foram cumpridas e, mesmo assim, parcialmente. Proposta importantes, como a universalização de creches e permanência dos alunos nas escolas, não foram cumpridas e ainda retrocederam.

O alerta foi dado em reunião, nesta quinta-feira (24), na Comissão de Educação da Câmara, pela coordenadora-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Andressa Pellanda. Ela destacou que a pandemia de Covid-19 fez com que a falta de investimentos na formação continuada dos professores ficasse evidente.

Andressa Pellanda afirmou que a diminuição dos recursos para educação, desde a emenda do teto de gastos, está prejudicando o cumprimento das metas e comprometendo o futuro da educação no Brasil.

“A gente precisa de fato avançar na continuação da regulamentação do Fundeb, do Sistema Nacional de Educação, do custo aluno-qualidade para que a gente possa garantir um avanço em todo o Plano Nacional de Educação”, disse.

Déficit
A editora da revista da Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação, Márcia Jacomine, lembrou que existem 37 milhões de crianças, jovens e adultos que dependem do sistema público de ensino, mas mesmo assim os recursos para financiamento da educação têm um déficit de quase R$ 53 bilhões.

O representante da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Marcelo Acácio, lembrou que se as metas do PNE já estivessem sendo cumpridas, os efeitos da pandemia de Covid19 sobre os alunos e professores teria sido menor. Segundo ele, é preciso fazer avaliações anuais e detalhadas da implementação do PNE como forma de garantir o acompanhamento da comunidade escolar sobre o andamento das metas.

Próximo PNE
A deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) salientou que é preciso iniciar o debate para o próximo PNE com toda a sociedade, para que as falhas no cumprimento das metas atuais possam ser corrigidas.

“A gente precisa começar um processo de mobilização, fazer uma reunião técnica para começar o desenho do debate do novo Plano Nacional de Educação, para que a gente possa inclusive, no bojo do debate do cumprindo e do não cumprido, (ver) quais elementos a gente pode corrigir, como é que a gente pode construir essa situação política para o novo PNE”, disse a deputada. (Agência Câmara de Notícias)

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