Com terceira onda, auxílio emergencial deve ser prorrogado até setembro

O governo federal deve prorrogar o auxílio emergencial mais uma vez. Diante da iminência de uma terceira onda da covid-19 e a demora no processo de vacinação contra a doença, a equipe econômica já trata como certa a possibilidade de estender o benefício por pelo menos mais duas parcelas, o que ampliaria os pagamentos até setembro.

Neste ano, o Executivo reduziu o valor original de R$ 600 que foi distribuído ao longo de 2020 para pagar quatro novas parcelas do auxílio. A rodada de pagamentos começou em abril e terminará em meados de agosto. Apesar de ser contrário à manutenção da assistência por mais tempo, o presidente Jair Bolsonaro já foi avisado pelo ministro Paulo Guedes de que será inevitável ampliar a quantidade de parcelas, dada a evolução da pandemia no país.

Ontem, em uma reunião de Bolsonaro e Guedes com empresários, a possibilidade de extensão do auxílio foi confirmada pelo ministro. Segundo ele, o programa pode continuar até que todos os brasileiros estejam vacinados contra a covid-19. “Inicialmente, socorremos as grandes empresas e imaginamos que isso irrigaria a cadeia produtiva, mas isso não aconteceu. Foi, então, que direcionamos esforços para os auxílios emergenciais e para o crédito. Inclusive, vamos estender os auxílios emergenciais pelo menos até setembro, previsão de quando a população brasileira adulta estará completamente vacinada”, afirmou o ministro.

As novas parcelas do auxílio devem continuar com os valores estabelecidos para este ano, que são de R$ 150 às pessoas que vivem sozinhas, de R$ 375 às mães que são chefes de família e de R$ 250 aos demais beneficiários. Para bancar a continuidade da assistência, o Executivo deve aproveitar os cerca de R$ 7 bilhões restantes do orçamento de R$ 44 bilhões permitido pelo Congresso Nacional para as ações do benefício em 2021 e, se necessário, editar uma Medida Provisória com créditos extraordinários.

Além de manter o auxílio emergencial, o governo vai continuar com os programas de assistência criados para socorrer as empresas, como o Programa Emergencial de Manutenção de Emprego e Renda (BEm), até a imunização completa dos adultos. Na reunião de ontem, Bolsonaro voltou a criticar as medidas restritivas adotadas por governadores e prefeitos para tentar conter a pandemia.(CB)

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