Marta afirma que prefeitura precisa focar na geração de emprego e renda com as mulheres no centro do debate

A vereadora do PT destaca que as mulheres sao responsáveis em chefiar lares e pede a ao executivo municipal mais testagem em massa para a população

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Salvador, a vereadora Marta Rodrigues (PT) destacou, nesta quarta-feira (3), que o mês de março, quando se celebra o Dia Internacional da Mulher, precisa estar no centro do debate nos parlamentos e na sociedade para escancarar o quanto a pandemia tem afetado as mulheres, não so que tange a contaminação, mas nos aspectos sociais cujas consequências se estendem a milhares de famílias. Ela pediu a prefeitura, ainda, a ampliação da testagem em massa e prioridade para as mulheres que exercem múltiplas funções.

“A parcela da população que mais ficou desempregada na pandemia é de mulheres, ao mesmo tempo em que são elas as que chefias quase metade dos lares brasileiros. Além do agravamento da diminuição de renda e consequentemente da pobreza, houve um recrudescimento enorme na violência doméstica contra as mulheres”, disse a petista.

Segundo ela, a questão do desemprego na capital baiana, por exemplo, pode ser amenizada se a gestão municipal tiver compromisso com a instituição de políticas públicas apresentadas na Câmara Municipal, aliada a vacinação em massa junto com o Governo do Estado para que a economia possa voltar a rodar. “Nossa cidade vive da informalidade, e das mais de 487 mil pessoas nesta situação, maior parte é de mulheres. Pensar em geração de renda, cooperativismo e aprovar a Política Municipal de Economia Popular e Solidária que apresentei na Câmara, são mecanismos importantes”, afirmou.

Marta reforça que última pesquisa do Pnad Contínua, do IBGE, de janeiro de 2021, apontou que 8,5 milhões de mulheres tinham deixado a força de trabalho no terceiro trimestre de 2020, na comparação com o mesmo período do ano anterior. “ A taxa de participação na força de trabalho ficou em 45,8%, uma queda de 14% em relação a 2019 e isso tem reflexo direto em Salvador, onde a maioria da população é de mulheres e são elas quase a metade dos responsáveis pela chefia dos lares”.

Para Marta, o mês de março evidencia a luta constante das mulheres por inclusão social e paridade de gênero, além da reinserção no mercado de trabalho. “Em Salvador, os lares são chefiados por 40,5% das mulheres, conforme estudo da SEI. A monoparentalidade feminina, por sua vez, é a disposição familiar mais frequente entre as chefas de família. Na Bahia, 44,4% dessas mulheres estavam à frente de uma família sem a presença de cônjuge e com pelo menos um filho já em Salvador e RMS, a proporção é maior, de 46,3%” disse.

“Isso nos mostra a importância do município ter creches noturnas para possibilitar essas mulheres, além de trabalharem, estudarem e de discutirmos políticas públicas para as mulheres que vão colaborar na redução das desigualdades em nossa cidade”.

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