Pandemia recrudesceu e não é 2ª onda, dizem pesquisadores

Especialistas e pesquisadores afirmam que o atual momento da pandemia da Covid-19 é de recrudescimento em todo o Brasil e na Bahia. Mas alertam que ainda não é a 2ª onda da doença, pois nunca estivemos com índices zero ou próximo a ele , em pelo menos dois meses seguidos. Tivemos apenas um alívio na situação. O vírus está firme e forte e circula com muita intensidade. Por isso, a recomendação é continuar com o uso de máscaras, higienizar as mãos constantemente , usar álcool gel e principalmente manter o distanciamento social.

O assunto foi discutido, ontem , através de um webinário promovido pelo Instituto de saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia, (UFBA), através do projeto ObservaCovid com o tema “Pandemia de Covid-19: temos uma segunda onda?”. A sessão foi transmitida ao vivo através do canal do youtube.com/labvideoisc . Os debatedores foram Maria Yury Ichihara (Cidacs/Fiocruz-BA/ Rede CoVida), Eduardo Hage Carmo (UFBA/Fiocruz-BA/Rede CoVida) e Daniel Villela (Procc/Fiocruz-RJ)., com coordenação da professora e epidemiologista Glória Teixeira (ISC/UFBA).

Yuri Ichihara apontou que em salvador ocorreu o seguinte, “existe uma tendência de casos novos por semana crescente até alcançar a maior incidência de casos novos na 26a semana epidemiológica (285,8/100.000). A partir daí começa a redução da incidência para 37.7/100.000 na 45 a semana. Houve aumento para 52/100.000 na 46a e 62.5/100.000 na 47a semana.”

A epidemiologista e pesquisadora, Glória Teixeira explicou, “o momento é crítico e de recrudescimento. É necessário comunicar a população de que não podemos deixar o distanciamento social de lado, usar sempre a máscara e higienizar as mãos com água e sabão e álcool gel. As pessoas perderam o medo, relaxaram e o resultado esta aí.”

Glória ainda alertou, “não estamos na 2ª onda porque sequer terminou a 1ª, para isso acontecer teríamos que ter tido mais tempo com índices baixos da pandemia, pelo menos dói meses com índices próximos a zero.”

De acordo com Glória, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou esta semana ao governo brasileiro de que é necessário continuar com as medidas de proteção e se possível intensificar as medidas. “Os jovens não podem sair por aí fazendo festas e aglomerações. É importante orientá-los. É preciso uma estratégia de enfrentamento da pandemia que articule a vigilância em saúde, com testes e identificação ativa de casos e contatos, isolamento dos casos, quarentena dos contatos. Tais medidas, devem ser combinadas a outras, como distanciamento social e de redução da exposição da população a situações de risco de transmissão do Sars-CoV-2.”
(Tribuna da Bahia) Foto: Reginaldo Ipê / Tribuna da Bahia

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