Sílvio Humberto sugere homenagem a Edson Cardoso

Conceder a Medalha Zumbi dos Palmares, honraria da Câmara Municipal de Salvador, a Edson Lopes Cardoso, ativista histórico do Movimento Negro Unificado, foi a forma encontrada pelo vereador Sílvio Humberto (PSB) para reconhecer a atuação contra a discriminação racial do homenageado. A proposta foi apresentada por meio do Projeto de Resolução Nº 44/2020.

O soteropolitano Edson Cardoso é jornalista, mestre em comunicação social pela Universidade de Brasília e Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo, em 2014. Segundo Sílvio Humberto, em seus primeiros escritos Edson já demostrou forte habilidade ao uso da poesia como gestopolítico:“Seus textos surgem marcados pela condição de intelectual negro empenhadoem construir a identidade afro-brasileira pelo resgate da memória ancestral e em denunciar todas as formas de discriminação de que são vítimas os afrodescendentes”.

Resistência

Sílvio Humberto destacou ainda a entrevista do jornalista Edson Cardoso ao jornal PUC Minas, concedida durante a Semana da Consciência Negra, realizada pela universidade, quando destacou a importância do Movimento Negro no processo de “desnudamento das desigualdades raciais no país”.E ressaltou suas conquistas no campo ideológico, ao promover, por exemplo, a valorização da cultura negra.

Além disso, como profissional da área de comunicação, destacou a necessidade do Estado cobrar da imprensa brasileira uma postura contra o racismo no Brasil. Edson Cardoso, segundo o vereador reproduz na justificativa da honraria, traz à tona em sua militância questões importantes relacionadas à condição do afrodescendente no Brasil.

Como exemplo, Sílvio cita texto recente divulgado por Edson Cardoso na internet, quando questiona as diversas nomenclaturas utilizadas para se referir ao negro, pontuando que as nomeações distintas (mulatos, pardos,etc) baseiam-se na aparência física (textura do cabelo, tom da pele) e, muitas vezes, expressa uma forma de discriminação para a classe hegemônica, enquanto se manifesta como uma forma de resistência para a “minoria” afrodescendente.

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