“Temos um atraso muito grande nessa evolução da mulher na política”, diz Ireuda Silva

“Temos um atraso muito grande nessa evolução da mulher na política”, diz Ireuda Silva

A importância das mulheres na política e o empoderamento feminino foram os temas centrais da live que a vereadora Ireuda Silva (Republicanos) participou com a jornalista Milena Barreto. Para a republicana, que preside a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, a defasagem ainda é muito grande, o que requer uma luta contínua para modificar as estruturas sociais.

“Temos um retrocesso, um atraso, muito grande nessa evolução da mulher na política. Quantas secretárias, ministras nós temos? Quantas administradoras? A mulher tem uma sensibilidade para fazer os machistas caírem na real. A mulher tem uma capacidade absurda de convencimento”, disse.

Em relação ao assédio e à violência contra a mulher, Ireuda ressaltou a campanha “Meu corpo não é sua fantasia”, que percorre os circuitos do carnaval levando conscientização e informação às pessoas. “Quando levantamos uma campanha como ‘Meu corpo não é sua fantasia’, não é uma campanha de oba-oba. É de conscientização e transformação, inclusive dentro dos lares. Você não terá um filho agressor. E esse garoto vai entender que não pode assediar nem agredir. Essa jovem amplia sua visão e entende que não precisa aceitar. Assédio é uma violência contra a mulher”, prosseguiu.

Também é destaque o projeto Guardiã Maria da Penha nas Escolas, que promoverá a conscientização sobre a violência doméstica por meio de atividades socioeducativas com alunos, pais e professores. Além disso, Ireuda foi a idealizadora do Simm Mulher, que capacitará a mão de obra feminina e a encaminhará ao mercado de trabalho.

“Tem um projeto meu, que até sentei com o prefeito ACM Neto e ele aceitou de imediato, que é o Simm Mulher. É um departamento dentro do Simm voltado a capacitar e encaminhar a mulher ao mercado de trabalho. É algo necessário para a cidade de Salvador. As mulheres negras são as menos assistidas, aquelas que tiveram menos oportunidades para estudar. Estamos aquém de discutir políticas de reparação e que diminuem a discriminação racial. Essas mulheres se tornam escravizadas justamente pela falta de condição, a dependência financeira”, acrescentou.

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