Olivia Santana quer criar o Prêmio Meninas Olímpicas

A deputada Olívia Santana (PC do B) apresentou, na Assembleia Legislativa, projeto de resolução com o objetivo de criar o Prêmio Meninas Olímpicas, visando reconhecer a participação de estudantes de escolas de ensino público em olimpíadas científicas. Segundo a comunista, iniciativa igual já tramita na Câmara dos Deputados e em vários estados.

O Meninas Olímpicas consistirá na entrega de diplomas em sessão solene às que mais se destacarem nas competições. A elaboração da lista caberá à presidente da Comissão dos Direitos da Mulher, colegiado também responsável pela organização do evento, que deverá ocorrer em data próximo ao Dia da Mulher. Em cada categoria de premiação, pelo menos uma criança ou adolescente deverá ser indígena ou negra.

“A premiação é inspirada no Movimento Meninas Olímpicas, idealizado e coordenado pela professora Nara Martini Bigolin, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que objetiva fomentar a participação de meninas, a fim de ampliar suas áreas de atuação no mercado de trabalho, através das Olimpíadas Científicas”, explica a parlamentar.

O Movimento foi fundado e inspirado na trajetória das irmãs Natália e Mariana Bigolin Groff que, juntas, somam mais de 60 medalhas em olimpíadas de conhecimento nacionais e internacionais na área de Matemática, Física, Química, Informática, Astronomia, Linguística, entre outros.

Olívia ressalta que, atualmente, as meninas representam 10% dos premiados nas principais olimpíadas científicas do Brasil. Nas internacionais, o percentual cai para 5%. “Este é também o percentual de mulheres eleitas, mulheres presidentes de grandes empresas e pesquisadoras em centros de pesquisa de excelência”, compara ela, defendendo o incentivo à participação das meninas nas olimpíadas para “elevar este percentual e, como consequência, aumentar a participação das mulheres em pontos estratégicos da sociedade, criando assim um equilíbrio entre os gêneros no Brasil”.

Segundo a ONU, de 144 países avaliados quanto a igualdade de salários entre gêneros, o Brasil ocupa a 129ª posição, ou seja, pior que países como Irã, Iêmen e Arábia Saudita, conhecidos pelos direitos restritos das mulheres.

Na Secretaria estadual de Educação da Bahia funciona o Projeto Ciência Escola, que já apresenta crescimento na participação das meninas na ciência, em oito anos de existência. Dentro deste programa, foi criado o Projeto Bahia Olímpica que fomenta a participação de estudantes em olimpíadas de matemática, astronomia e outras áreas do conhecimento.

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