Um ano à frente da PGR, Aras demonstra alinhamento com governo Bolsonaro

O procurador-geral da República, o baiano Augusto Aras, completou, neste sábado, 26, um ano no comando da Procuradoria-Geral da República (PGR), em gestão que demonstra claro alinhamento com o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Aras foi indicado fora da lista tríplice eleita pelos integrantes do Ministério Público Federal (MPF). Bolsonaro já chegou a afirmar que Augusto Aras entra na disputa por uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), caso ele possa indicar um terceiro nome, em eventual segundo mandato como presidente da República.

Entre manifestações encaminhadas ao STF e medidas adotadas, a Procuradoria se alinhou ao governo em mais de 30 oportunidades. Por outro lado, em apenas uma vez, Aras apresentou uma ação constitucional contra ato do presidente Jair Bolsonaro, quando o Executivo editou a medida provisória que instituiu o contrato de trabalho Verde e Amarelo, e a PGR pediu a invalidação de dois trechos do texto.

Entre algumas posições de Aras que agradou o governo, estão: em entrevista, em junho, ele afirmou que a Constituição autoriza a atuação dos militares para garantir a independência entre os poderes. Após reação negativa, rechaçou a possibilidade de um golpe militar; em um dos episódios que causou maior tensão entre governo e STF, Aras se alinhou ao Planalto ao se manifestar contra a apreensão do celular de Bolsonaro para investigação; assim como a Advocacia-Geral da União (AGU), o procurador-geral defendeu perante o STF que a reeleição para o comando da Câmara e do Senado é uma questão interna das casas; e o procurador-geral se manifestou no inquérito das fake news contra operação policial que atingiu empresários, políticos e ativistas bolsonaristas.(Atarde)
Foto:Marcelo Camargo/Ag.Brasil

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