Membros de conselho consultivo iniciam avaliação da Maquete de Salvador

Na manhã desta quarta-feira (26), o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, ligado à Fundação Gregório de Matos (FGM), visitou a Maquete de Salvador que está exposta na Associação Comercial da Bahia (ACB), no Comércio. O objetivo é fazer uma avaliação técnica da peça, dentro do processo de tombamento como patrimônio cultural e histórico de Salvador.

Para evitar aglomeração, os membros foram divididos em grupos de oito visitantes, a cada hora, respeitando as medidas de segurança. Para garantir o reconhecimento da maquete e fortalecer o interesse da sociedade sobre a história e arquitetura da capital baiana, os conselheiros integraram diversos órgãos, a exemplo Secretaria de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), Instituto Histórico e Geográfico da Bahia (IGHB), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Universidade Federal da Bahia (Ufba) e a Universidade do Estado da Bahia (Uneb).

Em formato tridimensional da capital baiana na escala de 1/2000, a Maquete de Salvador começou a ser elaborada em 1975 pelo arquiteto Francisco de Assis Couto dos Reis. Com método artesanal, a peça, atualizada nesta gestão por meio da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), faz uma representação minuciosa da cidade, incluindo a singularidade da topografia, com utilização de materiais como madeira, cortiça e lixa.

“É um elemento extremamente importante para a cidade e para o cidadão. Além disso, é curioso como as pessoas adoram ver maquetes, principalmente quando se trata em ver a sua própria cidade. É possível apreciar a técnica de como a maquete foi feita em à mão, antes da invenção da impressão 3D, de uma maneira bem singular e sentimental”, disse a arquiteta Jealva Fonseca, de 49 anos.

Tombamento – O processo de tombamento foi indicado pelo IGHB. Representante da instituição na visia de hoje, Zita Magalhães contou que chegou a acompanhar o início do trabalho de Reis e ver algumas exposições na época. “Temos uma imensa alegria de solicitar o tombamento, pois é um trabalho maravilhoso e sempre renovado. Com essa obra, percebemos o cuidado, zelo e o amor que ele (Reis) tinha pela cidade”, afirma.

“A maquete é um instrumento muito importante para a cultura e turismo, principalmente para as crianças que, futuramente, podem aprender um pouco sobre a cidade através da obra. Além de ajudar no método educativo da criança, também pode atrair o turista para conhecer a mais sobre Salvador”, explicou a diretora de Planejamento da FMLF, Beatriz Cerqueira.

Dimensões – Na maquete está representada toda a porção continental do município, na qual está localizada a cidade de Salvador. No formato atual de 100,5m², o modelo é constituído por 97 módulos nas dimensões de 1m x 1m e por mais sete módulos nas dimensões de 1m x 0,5m, compondo um mosaico de 104 módulos na dimensão de 13 x 13,5 metros. Na escala real, a representação do modelo abrange um território de 402 km², dos quais 279 km² correspondem à representação integral dos bairros de Salvador.

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